O índice de reajuste proposto pela Prefeitura de Maringá para o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi classificado como exagerado por uma comissão da Câmara de Vereadores. O grupo de legisladores avaliou o projeto encaminhado pelo Executivo, no qual o valor pago pelos moradores subiria, segundo a Prefeitura, entre 15% e 30%.
De acordo com o presidente da Câmara, Ulisses Maia (PP), a comissão constatou que o valor do reajuste poderia chegar a 50% em alguns casos, o que ele julga ser inadmissível para a cidade. "É exagerado e desnecessário. A cidade não está em crise, não estamos no vermelho. Estamos com as contas em dia. Não há necessidade de elevar o valor", criticou.
De acordo com Maia, o valor do reajuste deveria seguir a inflação, que atualmente permeia os 6%. Ele também disse que não há pressa para a Casa votar o projeto. Antes disso, os vereadores querem discutir todos os pontos da proposta, uma vez que não é linear, implicando em valores variados para cada terreno da cidade.
Prefeitura explica o reajuste
O secretário de Comunicação do Município, Milton Ravagnani, explicou em entrevista em 27 de setembro que o Executivo precisa corrigir essa diferença para obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal.
"O valor venal e o valor real dos imóveis tem de ser próximos. Não atualizar a planta genérica é incorrer em improbidade. Essa distorção não pode prevalecer por muito tempo", disse.
Segundo ele, o aumento depende da localização e do tempo da existência do bairro onde está localizado o imóvel. A Prefeitura acrescentou que há 12 anos não existe aumento real no valor do IPTU, apenas o reajuste com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Perda de contato com a classe trabalhadora arruína democratas e acende alerta para petistas
BC dá “puxão de orelha” no governo Lula e cobra compromisso com ajuste fiscal
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Comparada ao grande porrete americano, caneta de Moraes é um graveto seco