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Quatro vereadores de Maringá protocolaram no fim da tarde desta segunda-feira (3) um ofício pedindo ao presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB), a perda de mandato do vereador John Alves (PMDB) por quebra de decoro parlamentar. Na sessão de quinta-feira (29), o vereador tirou a camiseta no meio do plenário, impedindo a votação do projeto que revoga a exigência de um cadastro para a construção de casas geminadas.

O ofício foi protocolado pelos vereadores Humberto Henrique (PT), Marli Martin (DEM), Manoel Sobrinho (PCdoB) e Mário Verri (PT). "De acordo com o artigo 100, inciso 2, do regimento interno da casa ele perde o mandato porque o que ele fez é incompatível com o decoro parlamentar. Protocolamos o ofício ao presidente da casa embasado judicialmente", disse o vereador Humberto Henrique.

Na noite desta segunda-feira (3), por volta das 20h, os parlamentares devem se reunir na Câmara para estudar se a atitude do vereador pode ser considerada como quebra de decoro.

A reportagem tentou contato com Alves na noite desta segunda-feira (3), mas ele não atendeu as ligações.

Sessão tumultuada

Na terça-feira (27), Alves conseguiu reunir oito assinaturas para que o Projeto de Lei Complementar (PLC) tramitasse em regime de urgência. No entanto, na manhã desta quinta-feira (29) o vereador desistiu da ideia e encaminhou um ofício solicitando o arquivamento do pedido de urgência.

No entanto, a Mesa Diretora recusou o pedido, já que apenas três assinaturas haviam sido retiradas.

O mínimo exigido para que um projeto seja protocolado em regime de urgência é de cinco assinaturas. Mesmo justificando que não poderia comparecer na sessão por motivos pessoais, Alves apareceu na câmara trajando camiseta rosa e calça jeans.

O presidente do legislativo, Mário Hossokawa (PMDB) pediu ao colega que deixasse o local por não estar cumprindo o regimento interno do legislativo, que exige a utilização de paletó e gravata pelos vereadores do sexo masculino.

Em meio à discussão, Alves tirou a camiseta, para espanto de quem estava no local. A maioria dos vereadores deixou o plenário. Sem o quórum mínimo de oito vereadores, a sessão foi cancelada. "Eu jamais esperava por isto. Foi um constrangimento para todos que estavam na sessão. É mais uma página triste na história da Câmara de Maringá", declarou Hossokawa.

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