Municípios por onde passará Trem Pé-Vermelho
Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu
A reativação do trem de passageiros nas regiões Norte e Noroeste do Paraná possivelmente exigirá a construção de uma nova linha férrea. Esta necessidade foi apontada em estudos realizados pelo grupo responsável pela criação do "Trem Pé-Vermelho", que ligará as cidades de Paiçandu e Ibiporã por 120 quilômetros de estrada de ferro. A confirmação foi repassada pelo coordenador do grupo de estudos do projeto, Samuel Gomes.
Segundo ele, a linha existente utilizada para o transporte de cargas não tem estrutura para receber o transporte de passageiros. "Não há espaço para os dois. Os trens de carga são muito lentos e haveria dificuldade para operação deste transporte, já que o trem de passageiros teria preferência. Então, possivelmente será necessário construir um novo trecho, algo que deve ser confirmado ao fim dos estudos de viabilidade", afirmou para a Gazeta Maringá.
De acordo com Rodolfo Flipine, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - responsável pelas pesquisas - foi constatado que mais de 12 composições diárias com 120 vagões passem por Maringá. "Com esse trânsito, dividir o espaço com o trem de passageiros não seria interessante", firmou em entrevista ao site da prefeitura de Maringá. Por outro lado, o pesquisador lembra que a nova via aproveitaria a mesma faixa de domínio da linha férrea existente.
Pesquisa de campo começa este mês
A partir deste mês, terá início os estudos sobre a demanda de transporte do "Trem Pé-Vermelho". A previsão foi apresentada na tarde desta quarta-feira (1) durante uma reunião na Associação Comercial de Maringá (Acim), que envolveu os participantes do projeto.
De acordo com o coordenador do grupo paranaense do Trem Pé-Vermelho, Samuel Gomes, a pesquisa de campo deve ser realizada nos próximos dias 24, 25, 26 e 28. Para realizar o trabalho, as universidades estaduais de Maringá (UEM) e de Londrina (UEL) vão selecionar estudantes universitários e das escolas técnicas da região nos próximos dias.
A princípio, a pesquisa de campo seria realizada entre abril e julho deste ano. No entanto, a metodologia da pesquisa precisou ser readequada seguindo os critérios da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável pela outorga da concessão e fiscalização.
Com a aplicação dos questionários, o grupo que coordena o projeto busca determinar trechos, frequência e dimensionamento da frota, além do número de estações, quantidade de passageiros, velocidade do percurso e custos do investimento.
Projeto
O Trem Pé-Vermelho foi um dos dois projetos selecionados pelo programa do governo federal de trens regionais. Os estudos são realizados pelo Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (Labtrans), que recebeu R$ 800 mil do governo federal para o trabalho. Desse volume, metade foi direcionada para o trecho paranaense e o restante para o projeto do Trem da Serra Gaúcha, entre os municípios de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
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