Depois que receber alta do Hospital Universitário (HU), o recém-nascido encontrado em um bueiro no Jardim Oásis, em Maringá, ficará provisoriamente com uma família cadastrada no programa Família Acolhedora.
Segundo o promotor da Infância e Juventude de Maringá, Robertson de Azevedo, até o momento não há informações sobre familiares do bebê, chamado pela equipe de enfermagem de João Miguel. "Por enquanto, não existe poder familiar sobre essa criança, que, uma vez registrada e de alta, está apta a ser adotada pelas pessoas que estão há mais tempo na fila de adoção dentre os cadastrados na comarca de Maringá", declarou em entrevista à RPC TV.
Atualmente, cerca de 120 pessoas estão à espera de uma criança para adotar em Maringá, mas, por enquanto, não há nenhuma disponível. Os candidatos para adotar João Miguel foram cadastrados na Vara da Infância e da Juventude, onde passaram por uma análise documental, um estudo social de condições e um curso de capacitação. Todo o processo de adoção do bebê será feito em sigilo.
O recém-nascido foi encontrado com cerca de 16 horas de vida, com um ferimento no pescoço e uma perfuração no lado direito do tórax pelo pedreiro Adriano Ferreira dos Anjos, 27 anos, em um bueiro na Rua Rio São Francisco, no Jardim Oásis. Quando Dos Anjos passava pelo local, ouviu um som estranho. "Pensei que fosse um gato", contou. "Quase passei direto, mas senti alguma coisa dentro de mim e resolvi olhar."
Criança deve receber alta em breve
João Miguel deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) na última semana e foi levado para uma unidade intermediária para se adaptar ao leite artificial, antes de ser transferido para a enfermaria.
Segundo o médico Dorvalino de Aguiar , o bebê deve receber alta em poucos dias. "Ele vai se adaptar aos poucos. Ainda é muito cedo para ele sair do hospital, mas, em no máximo 15 dias, deve estar pronto para receber alta."
Polícia segue investigação
A Polícia Civil já identificou três mulheres suspeitas de abandonar o bebê.
Segundo o delegado responsável pelo setor de Homicídios, Alexandro Bonzatto, a polícia também vai verificar os contatos das gestantes atendidas pelo setor de assistência social da Prefeitura.
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