Um dado positivo mencionado pela presidente do Comad em ralação ao combate às drogas em Maringá é a alta média de pacientes que conseguem concluir o tratamento de recuperação do alcoolismo. O índice na cidade fica entre 60% e 70%, bem acima dos 40% do país. Já a média de término do tratamento para outras drogas é de 12%, parecido com outros lugares.
Embora os dois índices (para álcool e outras drogas) estejam dentro do esperado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde, dois fatores são determinantes para o melhor desempenho na recuperação de alcoolistas. "Tecnicamente estamos mais preparados para lidar com o alcoolista porque essa é uma situação que está posta a mais tempo. Já o crack está no Brasil há cerca de 20 anos. É um problema relativamente novo e que ainda carece de estudos", disse.
O segundo fator, segundo ela, é que Maringá felizmente conta com um bom aparato no setor da saúde para esses casos. Para a recuperação do dependente químico, a Prefeitura desenvolveu o Centro de Atenção Psicossocial para Alcool e Drogas (CAPSad), além das comunidades terapêuticas, da emergência psiquiátrica do Hospital Municipal e do Hospital Psiquiátrico. O paciente recebe alta quando completa 12 meses de abstinência total e partir daí recebe acompanhamento mensal por mais um ano.
As comunidades terapêuticas dispõem de 25 vagas exclusivas para adolescentes do sexo masculino, 188 para homens adultos e 21 para mulheres adultas, inclusive com capacidade para seis bebês que precisem ficar perto da mãe. Para tratamento de desintoxicação, o município conta com 70 vagas para adultos, 12 para adolescentes e 26 para emergências psiquiátricas.