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Crise

Rede de lojas Dudony pede recuperação judicial

As empresas Dismar Distribuídora de Eletrodomésticos e Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos que operam sob o nome fantasia Dudony entraram com um pedido de recuperação judicial (concordata) na 1.ª Vara Cível de Maringá, na última sexta-feira, em razão de dívidas bancárias e débitos com fornecedores. O requerimento foi recebido pelo juiz Mário Seto Takeguma. Com sede em Maringá, a rede Dudony tem 111 lojas espalhadas no Paraná e em São Paulo, sendo 94 lojas convencionais e 17 virtuais. Não há previsão de demissões e as lojas devem funcionar normalmente.

De acordo com o assessor jurídico da rede, Cleverson Colombo, mesmo com as dificuldades financeiras da rede, não há risco de haver demissões no quadro de 922 funcionários diretos das duas empresas. "Mesmo as compras feitas online vão ser entregues. Não há risco nenhum para nossos clientes", afirma. "Não há planos de demissões. Os vencimentos e o 13.º salário dos funcionários já foram depositados."

A nota assinada pelo diretor-presidente Dudony, Antônio Donisete Busiquia, afirma que no dia 17 de dezembro, a rede de lojas ingressou com pedido de recuperação judicial perante o Poder Judiciário de Maringá, o qual foi deferido no dia 18. As razões que levaram a empresa a solicitar a recuperação judicial, "se devem essencialmente aos reflexos da ‘crise econômica mundial’, que fez com que as instituições financeiras restringissem abruptamente suas linhas de crédito à empresa".

Segundo Colombo, a falta de linhas crédito, capital de giro e bloqueio das contas da empresa feita por uma instituição financeira, que ele prefere não revelar, foram determinantes para que as empresas entrassem com o recurso na justiça. "Nossos principais credores são bancos e fornecedores. Sem crédito, o setor de revenda de eletrodomésticos e móveis fica desprotegido", diz.

A Dudony informou que tem 20 anos de tradição no mercado e confia plenamente no apoio de seus colaboradores e parceiros para recuperação e fortalecimento de sua rede. "Entramos com processo de recuperação judicial para buscar a manutenção e efetiva recuperação das atividades comerciais da empresa, além de manter a preservação de diversos postos de trabalho", finaliza Colombo.

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