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Ex-secretário de Trânsito falou principalmente sobre o método de cálculo da planilha utilizado de 2003 a 2010 | Divulgação/CMM
Ex-secretário de Trânsito falou principalmente sobre o método de cálculo da planilha utilizado de 2003 a 2010| Foto: Divulgação/CMM

O relator da CPI do Transporte Coletivo de Maringá, Humberto Henrique (PT), vai sugerir uma auditoria para analisar as planilhas que definiram o preço da passagem no período entre 2003 e 2010. A intenção foi divulgada após o depoimento prestado na segunda-feira (9) pelo ex-secretário de Trânsito Renato Bariani.

Durante aproximadamente duas horas, Bariani - que esteve à frente da pasta entre 2001 e 2004 - explicou aos vereadores da CPI como foi a implantação do sistema de composição de tarifa, chamado de método Geipot. Na ocasião, ele destacou diferenças nos cálculos de custo entre 2003 e 2010, período em que o sistema foi utilizado.

Durante o depoimento, Bariani explicou que, após alimentar a planilha com os dados definidos pelo método Geipot e obter o resultado, era feita uma análise do cenário econômico do país para verificar se o valor da tarifa seria suficiente para manter o sistema até o ano seguinte.

De acordo com o ex-secretário, apesar de o método ser utilizado em diversas cidades, os parâmetros são diferentes dependendo da época e também da realidade local. Segundo Bariani, nos últimos anos foram muitos os avanços tecnológicos e era preciso rever os parâmetros utilizados na planilha do Geipot para que a tarifa ficasse adequada à realidade do Município.

No entender do relator, mesmo que o foco da CPI seja o contrato firmado entre a Prefeitura de Maringá e a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) em 2011, há a necessidade de verificar se não houve um lucro abusivo no período anterior.

Segundo Henrique, o Município nunca fez qualquer auditoria para analisar se o sistema estava correto ou se necessitava de ajustes. "Como há evidências de que o Município não adotava o procedimento da maneira correta, vou sugerir no relatório uma auditoria em todas essas planilhas anteriores", explicou o relator.

Requerimentos aprovados

Durante a reunião, os membros da CPI aprovaram dois requerimentos do vereador Humberto Henrique (PT). Um solicita à TCCC uma cópia do contrato de locação do imóvel que fica na PR-317 e é utilizado como garagem pela empresa.

O outro requerimento solicita ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) que envie cópias das notas ficais do primeiro registro ou número da Chave de Acesso da nota fiscal eletrônica dos veículos adquiridos pela TCCC entre 2010 e 2011. O requerimento informa ao Detran as placas de identificação dos 120 veículos.

Fase de depoimentos foi encerrada O ex-secretário Renato Bariani foi a sexta pessoa a depor na CPI do Transporte em Maringá. Com isso, está encerrada a fase de depoimentos. Na próxima quarta-feira (11), os vereadores farão uma reunião para ouvir a assessoria contábil da CPI, que fará uma análise dos balancetes da TCCC e da metodologia de custo.

"Com esses dados, nós queremos fazer uma análise contábil de toda a informação coletada pela CPI e apurar a composição da tarifa", explicou o presidente da CPI, Luciano Brito (PSB), em entrevista para a RPC TV. O relatório final da CPI deve ser entregue no próximo dia 23.

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