Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), engenheiros da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e técnicos da empresa sanitária do Rio de Janeiro, Saneplan, estiveram na sede da Funasa, nesta segunda-feira (26), em Maringá, para avaliar as condições do produto tóxico BHC que está enterrado no solo do terreno da Fundação. Segundo o IAP, a retirada do produto, também conhecido como hexabenzeno de cloro, prevista para ocorrer no final deste mês, vai ser protelada em razão da burocracia e questões técnicas.
Segundo Paulino Mexia, chefe regional do IAP, todo o material, cerca de 4 toneladas, deve ser destruído em uma área localizada em Taboão da Serra (SP). "Como todo o BHC vai ter de entrar pelo estado de São Paulo, também precisamos de uma autorização da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Dependemos da licença ambiental expedida pelo órgão para levar o BHC ao muncípio paulista", diz. O contrato entre a Funasa e a empresa que vai prestar o serviço ainda não foi assinado.
Outro entrave diz respeito às questões técnicas. A empresa do Rio de Janeiro vai ter de fazer uma obra de engenharia para remoção do produto tóxico e deve receber o aval dos dois Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), tanto do Paraná quanto do Rio de Janeiro. "Fora isso, tem a questão do clima. Como se trata de um produto tóxico, a remoção depende de dias secos, sem chuva", explica Mexia.
Todo o material deve ser retirado com máquinas de grande porte e depois transportado em caminhões exclusivos para cargas de produto tóxico. A empresa do Rio de Janeiro vai receber quase R$ 200 mil para realizar o trabalho.
Funasa
Assessoria de Comunicação da Fundação Nacional de Saúde do Paraná comunicou, por meio de nota, "que a instituição vem trabalhando diariamente, juntamente com IAP e Saneplan, para que seja realizado o quanto antes a remoção do inseticida BHC. Informa ainda que para isso é necessário respeitar os prazos legais de autorizações e licenças ambientais".
De acordo com o promotor de meio ambiente do Ministério Público de Maringá, Ilecir Heckert, mesmo sem ter uma data prevista para remoção do BHC, a promotoria vai fiscalizar para que a retirada do produto seja feita o mais rápido possível.
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