A RPC TV Cultura está realizando a Campanha "Chega de Dengue", com o objetivo de conscientizar todos os moradores de Maringá e região sobre os riscos da doença. Os dados mais recentes, divulgados na última quarta-feira (31), mostram que o quadro de doentes está avançado. Já são 660 casos confirmados, além de 2.981 notificações. Os números mostram que a cidade está próxima de uma epidemia, que se caracteriza quando 990 casos forem confirmados. Ao longo de toda a última semana, a RPC TV Cultura veiculou várias reportagens especiais, além de peças publicitárias ao longo da programação da emissora.
A campanha da RPC TV Cultura é coordenada pelas equipes de jornalismo e marketing. "É uma campanha de combate à doença. Queremos evitar a repetição da epidemia de 2007. Acreditamos que ainda falta que as pessoas se atentem aos pequenos detalhes", disse Maria Danielle Mendes, coordenadora de reportagem da emissora. "Precisamos informar todas as classes sociais que a dengue não escolhe local", continuou.
Todos os repórteres foram mobilizados para levar ao público o máximo de informação a respeito das formas de contágio, prevenção para que o mosquito não se prolifere e também sobre os sintomas da doença. "Era o instrumento que faltava para completar as ações de prevenção", disse o secretário de saúde, Antonio Carlos Nardi. "As reportagens vêm fomentar o assunto da dengue de maneira educativa e por um período longo. É extremamente importante e com certeza leva a população a despertar para a responsabilidade de cuidar dos quintais".
A Campanha "Chega de Dengue" continuará com mais reportagens sobre o assunto ao longo da próxima semana, se encerrando no sábado (10). Maria Danielle ainda pediu ao público que participe, mandando sugestões ou casos sobre o assunto. O email é jornalismo@tvcultura.tv.br e o telefone é o 44 32186451.
Assista aos vídeos de todas as reportagens já veiculadas
O lançamento da campanha Chega de Dengue ocorreu no Paraná TV 2ª edição de na segunda (29).No mesmo programa, a repórter Juliane Guzzoniconversou ao vivo com dona Maria Helena, que teve dengue. "Foram os piores dias da minha vida", disse a dona de casa.
Na terça-feira (30), o exemplo veio de estudantes da rede pública. As crianças percorreram as ruas do Bairro Santa Felicidade e conversaram com a população sobre os riscos da doença.
Na quarta-feira (31), a reportagem ensinou a população como limpar a caixa d'água. O local pode não parecer, mas é um paraíso para o mosquito. "Eu achava que a caixa não era tanto problema", disse a garçonete Sandra do Nascimento.
Borracharias e recicladoras de pneus são locais que facilitam a proliferação de focos do mosquito. A repórter Solange Riuzim mostrou, na quinta-feira (1º) que esses estabelecimentos não cumprem a legislação. Há também empresas que armazenam sucata em céu aberto. Nesses locais apenas o veneno com fumaça resolve.
O Paraná TV 1ª edição também trouxe matérias especiais de esclarecimentos para a população. Na terça-feira (30), a repórter Elaine Guarnieri acompanhou o trabalho dos agentes de saúde que visitam os domicílios dos maringaenses. O trabalho desses profissionais é fundamental para que os índices de infestação permaneçam em níveis aceitáveis. No mesmo dia, a repórter Natalia Garay foi até o Jardim Alvorada, bairro de Maringá que concentra maior número de casos: 15% do total.
Depoimentos
O drama de quem tem a doença sempre se repete e muitas vezes dentro da mesma casa. A reportagem de quarta-feira (31) mostrou o caso da família do motorista Antonio da Silva. Todo mundo pegou dengue na mesma semana. "Eu via os outros falando, mas nunca pensei que fosse acontecer com minha família", disse Olga Silva, esposa de Seu Antonio. A vendedora Franciele da Silva contou que o filho de 4 anos que tece dengue hemorrágica e ficou 8 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A equipe de reportagem foi até o Jardim Madri na quinta-feira (1º), onde quase todas as pessoas da rua ficaram doentes ao mesmo tempo. A Dona Palmira falou emocionada sobre o marido que não consegue nem sair da cama por causa do fortes sintomas da doença. "Ele não agüenta levantar. Sai da cama e deita no sofá", contou. Seu Cícero contou que todos em sua casa já foram infectados. Ele próprio já adoeceu duas vezes. O morador acredita que há um ferro velho na vizinhança que deve concentrar os focos.
O Paraná TV 1ª Edição trouxe ao estúdio o infectologista Luis Claudio Neto,na sexta-feira (2). Ele esclareceu várias dúvidas sobre as formas de transmissão e proliferação da dengue. "os ovos (do mosquito) podem ficar vivos até 400 dias. Então os ovos que estão sendo postos agora vão nascer ano que vem", disse ele.