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Retrato da violência na Região Metropolitana de Maringá

Ranking do crescimento de homicídios

1º Sarandi: 7 em 2010; 39 em 2011; crescimento de 557%

2º Paiçandu: 2 em 2010; 9 em 2011; crescimento de 450%

3º Maringá: 21 em 2010; 51 em 2011; crescimento de 243%

Municípios com situação estável

Mandaguari: 4 homicídios em 2010 e 2011

Santa Fé: 1 homicídio em 2010 e 2011

Municípios com nenhum homicídionos dois anos

Ângulo, Astorga, Floraí, Florestopólis, Flórida, Iguaraçu, Ivatuba, Lobato, Ourizona e São Jorge do Ivaí

Municípios com redução de homicídios

Bom Sucesso, Doutor Camargo e Munhoz de Melo: 1 em 2010, nenhum em 2011

Jandaia do Sul: 3 em 2010, nenhum em 2011

Marialva: 3 em 2010, 2 mortes em 2011

Municípios com aumento de homicídios

Atalaia, Itambé, Mandaguaçu e Castelo Branco: nenhum em 2010, 1 em 2011

Cambira: nenhum em 2010, 2 em 2011

Sarandi lidera o ranking de crescimento de homicídios na Região Metropolitana de Maringá (RMM), na comparação entre os anos de 2000 e de 2010, divulgada no Mapa da Violência, nesta semana, pelo Instituto Sangari. Depois de Sarandi, aparecem Paiçandu e Maringá.

No total, Sarandi registrou aumento de 557%. Em 2000, o município registrou sete homicídios e em 2010, 39. Em Paiçandu, a quantidade aumentou 450% (de dois para nove casos) e em Maringá, 243% (de 21 para 51 casos).

O delegado José Maurício de Lima Filho, titular da Polícia Civil de Sarandi, explica que cerca de 70% dos homicídios registrados no município estão relacionados ao tráfico de drogas. Outras razões para as mortes são crimes passionais e assassinatos cometidos por pessoas embriagadas em bares e similares.

"O combate ao tráfico de drogas não depende só da Polícia Civil. As drogas vêm do Paraguai, Bolívia e Colômbia. Depois que entram no Brasil, os entorpecentes causam problemas na periferia das cidades. Quase 100% das drogas de Sarandi chegam via Paraguai. O problema é principalmente do governo federal nas fronteiras", defende Lima Filho.

Dos 25 municípios da RMM, dez não registraram homicídio algum nos dois anos observados. É o caso de Ângulo, Astorga, Floraí, Florestopólis, Flórida, Iguaraçu, Ivatuba, Lobato, Ourizona e São Jorge do Ivaí.

Existem ainda aqueles que tiveram redução no número de mortes. Um exemplo é o caso de Marialva, que diminuiu o número de homicídios de três, em 2000, para dois, em 2011, mesmo com o aumento do número de habitantes.

O delegado de Marialva José Nunes Furtado, que já trabalhou em Paiçandu e Foz do Iguaçu, explica que o número de homicídios está relacionado à infraestrutura dos municípios. "Nas cidades com um poder econômico mais baixo, observa-se um índice maior de homicídios, relacionados principalmente ao tráfico de drogas."

Furtado diz que em Marialva é feito um trabalho de combate aos pequenos traficantes, pegos geralmente em flagrante, e que também é expedido mandados de busca e apreensão para o controle da situação.

Lima Filho, de Sarandi, afirma que o perfil populacional de Marialva é diferente do de Sarandi. "A população de Sarandi é muito maior que a de Marialva. As famílias de Marialva nasceram ali, enquanto em Sarandi existem muitos de fora. São perspectivas diferentes."

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