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Representantes do poder público e de várias entidades e associações de moradores de Sarandi, além de políticos, vão protestar nesta sexta-feira (11) contra o depósito do lixo de Paiçandu no aterro privado de Sarandi, ambas cidades da região metropolitana de Maringá. Os protestantes vão pedir ainda a estatização do aterro do município, que foi privatizado em 2007.

O protesto está marcado para as 16h, em frente à Câmara de Vereadores de Sarandi. Os moradores vão fazer uma carreata até o aterro da empresa Ambiental Sul Brasil, que firmou o acordo com a Prefeitura de Paiçandu.

"A adesão ao protesto é muito grande por parte da população e dos comerciantes. Estamos passando no comércio e nas casas para chamar as pessoas para nos apoiar. Mais de 100 pessoas vão participar do protesto. Não queremos o lixo de Paiçandu aqui e precisamos que o município estatize o aterro, como era no passado", diz o vereador Aparecido Bianco (PT), um dos organizadores da manifestação.

A destinação do lixo urbano de Paiçandu para um aterro particular de Sarandi gerou também um clima de mal estar entre as prefeituras das duas cidades.

O contrato emergencial entre a Prefeitura de Sarandi e empresa Ambiental Sul Brasil (antiga Pajoan) foi firmado pelo prazo de 90 dias e prevê o pagamento de R$ 83,10 por tonelada encaminhada para Sarandi. A expectativa é de que o local receba cerca de vinte toneladas diárias de material.

Prefeito de Sarandi diz ser contra o acordo

O prefeito de Sarandi, Carlos de Paula (PDT), falou, em entrevista à Gazeta Maringá nesta quarta-feira (9), que o acordo pegou a administração de surpresa. O município alega que não foi ouvido pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nem foi informado da decisão pela empresa proprietária do aterro ou pela Prefeitura de Paiçandu.

De Paula afirmou ser radicalmente contra o acordo e disse que já está tomando as medidas cabíveis para impedir que o aterro receba o material.

Outro lado

O representante da Ambiental Sul Brasil, Valdemir Bueno, disse, em entrevista à Gazeta Maringá nesta quarta-feira (9), que não havia necessidade de comunicar a Prefeitura de Sarandi sobre o contrato. Ele falou ainda que o acordo é legal.

"Estamos numa região metropolitana e, se for ver bem, estou fazendo um favor, já que a prefeitura de Paiçandu está organizando uma licitação para a realização do serviço após os 90 dias".

Bueno não soube informar se os resíduos de Paiçandu foram entregues no aterro nesta quarta-feira (9).

A reportagem tentou contato com o prefeito de Paiçandu, Vladimir da Silva (PMDB) e com o secretário de Planejamento, Wilian Amadeu Izepão, mas eles não atenderam os telefonemas.

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