Os bancários se mantiveram irredutíveis diante das propostas oferecidas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Na sexta-feira (4), uma reunião foi realizada. O sindicato patronal ofereceu aumento salarial de 7,1%, o que representa 0,97% de acréscimo real, mas a proposta já foi recusada por alguns sindicatos. A oferta foi feita um dia após os representantes do comércio pressionarem a federação a entrar em acordo com a categoria, alegando que, se a paralisação continuar, o setor pode ter perdas de até 30%.
A oferta foi a primeira desde o início da greve, em 19 de setembro. Com isso, a paralisação entra na quarta semana, sem previsão de acordo entre as partes. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real). De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Oliveira Souza, nesta semana está marcado um novo encontro entre bancários e Fenaban. "Por enquanto nada muda. Continuaremos à espera para que a Fenaban ouça nossa reivindicação", disse.
Empresários sofrem com a paralisação
Muitos empresários maringaenses estão enfrentando dificuldades durante a greve dos bancos. Entre as quais estão as transações de alto valor, que não podem ser feitas pelo caixa eletrônico. Como consequência, a paralisação já começa a ser sentida no bolso.
O empresário Robson Sato, 31 anos, afirmou que usa a internet para fazer algumas transações, mas o problema é que o recurso tem limite de valor. "Muitos boletos já estão atrasados. Minha média de pagamento é de 50 boletos por dia e alguns deles acima de R$ 10 mil, que não podem ser pagos nas lotéricas. Já estou com uma pilha amontoada, sem pagamento, com os juros correndo."
A empresária Edna Rahass, 40 anos, abriu recentemente uma empresa de confecções em Maringá, mas não consegue abrir uma conta no banco, o que, segundo ela, impede de avançar com o empreendimento. "Estou perdendo dinheiro, preciso abrir a conta, solicitar cartões de créditos e não consigo. É muito transtorno", desabafou.
Deixe sua opinião