Quarto de um menino de três anos, projetado por Caroline Figueiredo, tira partido do colorido dos objetos e enfeites de parede| Foto: Caroline Costa Porto Figueiredo/Divulgação

Solução está em telefone fixo

O superintendente substituto da PRF no estado, inspetor Adriano Furtado, explica que o órgão sempre planejou a instalação de telefones fixos, via licitação, nos novos postos. O problema é que não houve tempo hábil para um processo licitatório definitivo. Optou-se, então, pelos celulares, por meio de um contrato emergencial, vencida pela empresa Vivo, com validade de seis meses.

Esgotado esse prazo, os telefones fixos já deveriam estar instalados, mas a licitação definitiva, prevista para ser concluída no final de outubro, atrasou.As empresas que participaram do processo questionaram alguns itens ao edital, que precisou ser modificado.

A licitação terminou no início desta semana, quando Oi, Embratel e Intelig foram escolhidas para prestar o serviço, atuando em diferentes região do Paraná. A instalação dos aparelhos, contudo, deve demorar entre uma semana e dez dias."Quando isso ocorrer, vamos dar ampla divulgação aos novos números para que a população os conheça e possa entrar em contato conosco", afirma Furtado.

O inspetor acrescenta que o contrato emergencial dos telefones celulares poderia ter sido renovado, mas, para não onerar os sofres públicos, a opção foi refutada.

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Agentes de 21 dos 38 postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná estão tendo de usar telefones emprestados, celulares pessoais ou até mesmo orelhões para trabalhar. Desde domingo (15), os celulares corporativos que eles usavam estão desligados, pois o contrato emergencial com a companhia que prestava o serviço venceu. A instalação de aparelhos fixos, que resolveria o problema, atrasou e vai demorar entre uma semana e dez dias.

A situação atinge os postos que foram repassados pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE) à PRF, conforme determinação do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em maio deste ano. As 17 unidades que já pertenciam aos policiais federais não foram afetadas, porque têm telefone fixo próprio.

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Uma das situações mais críticas é a de Porto Camargo, na região Noroeste, que no início da semana dependia de orelhões instalados nos arredores do posto. O superintendente substituto da PRF no estado, inspetor Adriano Furtado, afirma que o problema já foi resolvido, com o envio de um celular cujo funcionamento está em dia e que se encontrava ocioso – havia mais dois aparelhos nessa situação, ambos distribuídos.

Há unidades que usam telefones emprestados pela PRE, que ainda divide alguns postos com a PRF – a separação das duas polícias está em curso. Em Marialva, na região de Maringá, a polícia estadual já foi embora, mas deixou um telefone fixo para o recebimento de chamadas. É esse improviso que permite o contato de muitos motoristas.

A reportagem da RPCTV flagrou um acidente entre duas carretas na Avenida Colombo, trecho urbanos na BR-376, em Maringá. Um dos envolvidos, que preferiu não revelar a identidade, discou para o telefone 191 e não foi atendido. Ele só conseguiu contatar a PRF porque um agente de trânsito que passava pelo local discou para o telefone deixado pela PRE em Marialva.

Outro problema para a população é que o telefone 191 – único a disposição para falar com a PRF nos postos sem celulares – tem atendimento centralizado em quatro pontos do estado. A ligação feita em Maringá, por exemplo, é redirecionada para Ponta Grossa, o que atrasa o serviço. Diversas vezes, a ligação sequer é completada.

Já em Furnas e Imbaú, na região de Ponta Grossa, é comum os agentes se comunicaram fazendo uso dos próprios celulares, inclusive para fazer chamadas, arcando com as despesas, portanto. "Se tornou mais precária a comunicação"reconhece Simone Muhlenbruch, adjunto-administrativa da delegacia Ponta Grossa.

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A última opção dos policiais é o sistema de rádio da PRF, que está presente em todos os postos e viaturas, mas tem alcance limitado e deixa "buracos" em certos pontos do estado. Além disso, os aparelhos nem sempre estão em posse da pessoa com quem se deseja falar. "Se eu precisar falar diretamente com determinado policial, ligo no celular pessoal", conta o inspetor João Roberto Secco, de Cascavel.