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Continua por tempo indeterminado a greve dos funcionários da Caixa Econômica Federal nas 11 agências de Maringá e região. A decisão foi tomada em assembleia geral na manhã desta sexta-feira (9), em Maringá, onde estiveram presentes cerca de 200 servidores. De acordo com Claudecir de Souza, presidente do Sindicato dos Bancários da região, o banco ofereceu a mesma proposta feita pela Fenaban aos bancos privados – 6% de aumento - mas a realidade da Caixa é outra.

Entre as reivindicações dos funcionários da Caixa estão a isonomia de direitos entre funcionários antigos e novos, como o adicional por tempo de serviço e licença-prêmio, valor do tíquete-alimentação para aposentados e respeito pela jornada de seis horas. Além disso, eles pedem uma mudança na política do Plano de Cargos Comissionados (PCC), com a valorização do salário e do processo seletivo interno.

A adesão à greve em Maringá, segundo o sindicato, é de 100%. Apenas as Casas Lotéricas continuam com o atendimento aos clientes do banco. Há seis agências da Caixa Econômica na cidade e outras cinco na região, com cerca de 400 funcionários, no total.

Os demais bancos já voltaram ao trabalho normalmente nesta quinta-feira (8). A greve havia começado em Maringá em 24 de setembro. Os sindicalizados aceitaram uma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6% de reajuste salarial, além de ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O reajuste de 6% oferecido pelos bancos que aceitaram a proposta garante um aumento real de 1,5% aos trabalhadores. A proposta aceita prevê maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR) das empresas (com teto de 15% do lucro líquido das empresas); ampliação da licença-maternidade para 180 dias; isonomia de tratamento para homoafetivos; além da compensação dos dias parados em razão da greve, sem desconto na folha de pagamento.

A greve

Na região Noroeste do estado, a greve começou por Maringá, com a suspensão das atividades em 31 agências. Nos dias seguintes, a paralisação avançou para cidades vizinhas, como Sarandi, Marialva, Mandaguari e Astorga. No pico do movimento, 45 agências da região ficaram fechadas. Os caixas eletrônicos seguiam funcionando, mas operações de depósitos corriam risco de serem efetuadas depois do prazo usual.

O Banco do Brasil não aderiu à greve. Na negociação com seus funcionários, a empresa ofereceu uma nova proposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), valorização de 3% no piso salarial de todos os níveis e contratação de 10 mil novos funcionários. Já o Bradesco e o Itaú haviam conseguido uma liminar de interdição de greve, que impediu a paralisação dos funcionários. No caso do Bradesco, a liminar foi cassada.

Os reflexos do movimento foram sentidos pelas lotéricas da cidade, que, no início deste mês, chegaram a receber um fluxo duas vezes acima do normal. Nos caixas eletrônicos também houve filas acima da média.

No Paraná, 573 agências ficaram fechadas e 17,6 mil trabalhadores tinham aderido ao movimento, de acordo com o levantamento da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Fetec-PR). Em todo o Brasil, foram 7.222 agências fechadas, segundo o Confraf.

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