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No Terminal Rodoviário, as malas são as campeãs do esquecimento | Walter Fernandes
No Terminal Rodoviário, as malas são as campeãs do esquecimento| Foto: Walter Fernandes

Correios

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também guarda documentos perdidos. O prazo limite é de 60 dias para que o dono procure o órgão. Após os dois meses, os papéis são encaminhados aos órgãos emissores.

Os Correios oferecem o serviço pela internet para fazer a busca e saber se o documento perdido está lá www.correios.com.br . Caso esteja, é necessário ir até a agência central em Maringá, na Avenida Mauá, 2694 - Zona 1 para retirá-lo.

Para tanto, o dono precisa comprovar ser titular e pagar uma taxa de R$ 4.

Guarda-chuvas, bolsas, óculos, celulares. Quem é que nunca esqueceu um desses objetos pelo caminho? E antes de incomodar São Longuinho – santo invocado para encontrar o que se perdeu -, vale dar um pulo nos setores de achados e perdidos de locais de grande concentração em Maringá, como rodoviária, terminal urbano, aeroporto e Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os locais guardam esses e muitos outros itens, alguns, até estranhos, como cadeira de rodas e dentadura. A maioria dos objetos é resgatada pelos donos, o que sobra e pode ser doado vai para instituições assistenciais da cidade. No Terminal Urbano de Maringá, por exemplo, o campeão do abandono é o guarda-chuva. De acordo com a direção do local, em dias chuvosos, o objeto é visto aos montes nos bancos de espera e dentro dos ônibus. Mas há quem acumule prejuízo maior, porque também são esquecidas, costumeiramente, sacolas de roupas adquiridas nas lojas, compras de supermercado e até notebooks. No entanto, esses objetos nem de longe representam os itens mais curiosos. No local, já foi esquecida uma cadeira de rodas, no qual, dias depois, a dona foi buscar, alegando que percebeu que conseguia andar sozinha e nem se deu conta que havia deixado o meio de locomoção para trás. Em outro momento, uma dentadura foi esquecida na pia do banheiro. Mas, de acordo com a direção, a cena que poderia ser constrangedora para a dona, tornou-se cômica. A mulher de mais de 50 anos chegou meio encabulada ,mas no mesmo instante abriu um sorriso largo, acompanhado de uma gargalhada em alto som, na tentativa de provar aos funcionários que a prótese pertencia a ela. Carrinhos de bebê e muletas também foram esquecidos e nunca recuperados.

Documentos

No caso de documentos, o prazo máximo para que se entre em contato é de três dias. Depois disso, os papéis são encaminhados à Prefeitura e podem ser consultados pelo telefone 156 da ouvidoria. Já os outros objetos ficam por cerca de três meses. Se ninguém requerer, são doados às entidades assistências de Maringá.

Aeroporto e rodoviária

O lapso de memória também acomete quem passa pelo Terminal Rodoviário e Aeroporto Silvio Name Júnior de Maringá. No entanto, por lá os objetos esquecidos pelos passeantes não são tão inusitados. As malas imperam. No interior, roupas, documentos, remédios, itens básicos e de suma importância para viagem. Mas a direção revelou que de tempos em tempos também encontra celulares, relógios e pequenos objetos como brincos, pulseiras.

UEM

Já na Universidade Estadual de Maringá (UEM) os livros fazem pilhas no setor de achados e perdidos. Quando as obras pertencem à biblioteca do campus, são encaminhados de volta às prateleiras, do contrário, esperam o leitor sentir falta do companheiro. Os servidores disseram, também, que blusas, celulares e as carteirinhas com o registro do aluno (R.A) são encontrados aos montes pelos funcionários ou pelos próprios alunos de boa fé que vão até o setor para entregá-los.

É meu!

Para comprovar que o objeto é de fato da pessoa em todos os locais consultados pela reportagem, é necessário que o "descuidado" vá até o setor de achados e perdidos, que funciona nos próprios locais, e prove que é o dono. Nem sempre é fácil, mas é obrigatório.

No caso dos documentos os funcionários pedem que a pessoa indique os números registrados no papel. Em caso de bagagens e outros objetos, é pedida uma descrição, como cor e tamanho.

Para resgatar celulares, por exemplo, é preciso dar o nome de algumas pessoas na agenda, para comprovar que ninguém está sendo passado para trás.

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