A Secretaria Estadual de Saúde, em acordo com as secretaria municipais de saúde e meio ambiente, decidiu fechar o Parque do Ingá para visitação, a partir desta quinta-feira (16), até que seja averiguada a causa da morte de oito macacos. A interdição é uma medida preventiva. A febre amarela é a principal suspeita, mas existem várias doenças que são comuns entre os animais e seres humanos.
Mesmo assim, o superintendente de vigilância em saúde do estado, José Lúcio dos Santos, tranquilizou a população de Maringá. "Não podemos afirmar se foi essa ou aquela doença que vitimou os animais. Na dúvida tomamos uma medida preventiva, cautelar de restrição de acesso ao parque", disse o superintendente, que esteve na cidade nesta quarta para falar sobre o assunto.
Santos explicou também que as pessoas que costumam correr na pista ao redor do parque devem ficar sossegadas, pois não existe risco.
O primeiro óbito foi registrado no dia 1.º de abril e desde aquele dia os técnicos do parque notaram a morte de oito animais - sete macacos saguis e um macaco prego. "Um número importante", como ressaltou Santos. As equipes recolheram material de todos os macacos mortos que serão levados para análise laboratorial. O resultado deve sair em 20 dias, tempo que o parque deverá permanecer fechado.
Depois de verificar as primeiras mortes, a prefeitura de Maringá intensificou a vigilância e foi acionado o Centro de Respostas Rápidas Para Emergências em Saúde Pública. O Parque do Ingá, com uma área de 47 hectares, tem uma população de 150 macacos.
A responsabilidade pela administração do parque é da secretaria municipal de meio ambiente, mas o secretario Diniz Afonso não foi localizado para comentar o assunto.
Febre amarela
Embora ressalte que a possibilidade de febre amarela é apenas uma das suspeitas, o superintendente explicou que cerca de 95% da população de Maringá está imunizada contra a doença. No estado, as campanhas de vacinação contra a doença acontecem desde 1999.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2008 foram registrados dois casos de febre amarela autóctones, ou seja, contraídos dentro do Paraná, na cidade de Laranjal, região Central.
Os primeiros sintomas em casos de febre amarela são febre, cansaço, mal-estar e dores de cabeça e musculares, áuseas, vômitos e diarreia. Depois que a doença evolui os contaminados podem sentir febre alta, convulsões e delírio, hemorragias internas e coagulação intravascular, sintomas potencialmente mortais.
Mortes no Norte Pioneiro
Na última quarta-feira (8), equipes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Secretaria Estadual de Saúde confirmaram que encontraram pelo menos nove corpos de macacos em matas na região de Ribeirão Claro, no Norte Pioneiro do Paraná. Apesar de ainda depender de exames do material recolhido, é praticamente certo que os primatas tenham morrido em decorrência da febre amarela, visto que em Piraju (SP), cerca de 40 km da divisa com o Paraná, a febre amarela já matou sete pessoas. Na região já são nove óbitos, além de 42 casos suspeitos no Sudeste Paulista.
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