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Táxi em Maringá é mais caro do que em várias capitais

Em Maringá, a bandeira 1 sai por R$ 2,40 o quilômetro rodado, valor que só fica abaixo de Cuiabá  e São Paulo, onde é cobrado R$ 2,50 | Ivan Amorin
Em Maringá, a bandeira 1 sai por R$ 2,40 o quilômetro rodado, valor que só fica abaixo de Cuiabá e São Paulo, onde é cobrado R$ 2,50 (Foto: Ivan Amorin)

Uma viagem de táxi em Maringá sai mais caro do que em nove das 12 capitais brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014. Um percurso de dez quilômetros, em horário comercial, por exemplo, não sai por menos de R$ 28, valor que só fica abaixo de Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo.

O custo levou em consideração o valor da bandeirada - espécie de taxa de embarque que serve para compensar a "viagem" do taxista até o cliente – e o quilômetro rodado na bandeira 1. Na capital do Mato Grosso, a distância de dez quilômetros custa R$ 29,25, o mais alto entre as doze sedes. Já a viagem mais econômica é a feita em Fortaleza (CE), onde o usuário desembolsa R$ 21,18.

Em Maringá, segundo a Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans), somente a bandeirada custa R$ 4, mesmo valor cobrado em Curitiba e abaixo de outras seis capitais. No entanto, a bandeira 1 sai por R$ 2,40 o quilômetro rodado – R$ 0,40 mais caro que na capital paranaense - valor que só fica abaixo de Cuiabá e São Paulo, onde é cobrado R$ 2,50.

Na bandeira 2, o quilômetro rodado em Maringá aumenta para R$ 2,80. O valor sai mais em conta do que seis capitais, mas ainda supera Curitiba, onde é cobrado R$ 2,30.

Já na comparação com Londrina, Maringá tem a bandeirada mais barata (R$ 0,50 mais em conta). Em compensação, os táxis londrinenses cobram menos pelo quilômetro rodado (R$ 1,70 para bandeira 1 e R$ 2,04 para bandeira 2).

Uma das melhores frotas

O valor cobrado atualmente foi definido em 2011 por meio de um decreto assinado pelo então prefeito Silvio Barros (PP). Segundo o gerente do setor de Transportes Especiais da Setrans, José Maria Bernaderlli, o preço pode subir em breve já que a categoria deve apresentar um pedido de reajuste nos próximos dias, que será analisado pelo governo municipal. Entre os pontos discutidos para a definição da tarifa está o preço cobrado em cidades de mesmo porte, o valor do último reajuste e os gastos dos taxistas.

Para Bernaderlli, o atual valor da tarifa é compatível com a cidade. "Desde a última licitação para a prestação do serviço de táxi, é exigido somente carros zero quilômetro. Além disso, como os taxistas têm desconto de ICMS, 85% da frota é trocada a cada dois anos. Hoje, seguramente, temos uma das melhores frotas de táxi do país", justificou.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Maringá, Márcio José da Silva, também não considera excessivo o valor cobrado no Município quando comparado com Londrina e as sedes da Copa. Ele explica que os custos para manutenção do carro e principalmente para a compra de combustível são maiores em Maringá.

"É o padrão da cidade. Pra começar, aqui não tem gás [natural veicular], como Curitiba e outros lugares. Só aí, o custo é bem mais baixo para eles. Depois, pagamos quase R$ 3 [o litro] na gasolina. Se for botar na ponta do lápis, o nosso ganho é menor. A categoria gostaria até de um reajuste nesse valor", explicou.

Atualmente, Maringá tem uma frota com 185 táxis - 191 a menos que Londrina - e cerca de 300 taxistas. Na opinião de Silva, o atual número comporta a demanda da cidade. "Uma vez ou outra, quando acontece algum grande evento, pode faltar [táxis], mas na maior parte do ano é tranquilo."

Distribuição dos pontos

Maringá conta com 43 pontos de táxi. No entanto, o presidente do sindicato os considera mal distribuídos. Ele diz acreditar ser necessário fazer uma readequação, além de melhorar a fiscalização, já que alguns pontos ficariam vazios enquanto outros receberiam muitos veículos.

O gerente de Transportes Especiais da Setrans explicou que alguns pontos fora do Centro foram criados durante a última licitação para prestação do serviço de táxi, que elevou de 140 para 185 carros.

"Além da falta de movimento de alguns locais, existe o perigo noturno. Por isso, alguns taxistas preferem acompanhar o movimento da cidade. Não dá mais para o taxista ficar sentado esperando corrida e jogando dominó. A cidade se transformou", destacou Bernaderlli.

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