Custo de corrida para uma viagem de 10 quilômetros
Cuiabá (MT) R$ 29,25 (R$ 4,25 a bandeirada e R$2,50 a bandeira 1)
São Paulo (SP) - R$ 29,10 (R$ 4,10 a bandeirada e R$2,50 a bandeira 1)
Belo Horizonte (MG)- R$ 28,10 (R$ 4,10 a bandeirada e R$2,40 a bandeira 1)
Maringá - R$ 28,00 (R$ 4,00 a bandeirada e R$2,40 a bandeira 1)
Brasília (DF) - R$ 26,28 (R$ 4,08 a bandeirada e R$2,22 a bandeira 1)
Natal (RN) - R$ 25,65 (R$ 4,15 a bandeirada e R$2,15 a bandeira 1)
Manaus (AM) - R$ 25,50 (R$ 3,50 a bandeirada e R$2,20 a bandeira 1)
Curitiba - R$ 24,00 (R$ 4,00 a bandeirada e R$2,00 a bandeira 1)
Porto Alegre (RS) R$ 23,40 (R$ 3,90 a bandeirada e R$1,95 a bandeira 1)
Recife (PE) - R$ 22,30 (R$ 3,80 a bandeirada e R$1,85 a bandeira 1)
Salvador (BA) - R$ 22,25 (R$ 3,75 a bandeirada e R$1,85 a bandeira 1)
Rio de Janeiro (RJ) - R$ 21,70 (R$ 4,70 a bandeirada e R$1,70 a bandeira 1)
Fortaleza (CE) R$ 21,12 (R$ 3,62 a bandeirada e R$1,81 a bandeira 1)
Uma viagem de táxi em Maringá sai mais caro do que em nove das 12 capitais brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de 2014. Um percurso de dez quilômetros, em horário comercial, por exemplo, não sai por menos de R$ 28, valor que só fica abaixo de Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP), segundo levantamento feito pela Gazeta do Povo.
O custo levou em consideração o valor da bandeirada - espécie de taxa de embarque que serve para compensar a "viagem" do taxista até o cliente e o quilômetro rodado na bandeira 1. Na capital do Mato Grosso, a distância de dez quilômetros custa R$ 29,25, o mais alto entre as doze sedes. Já a viagem mais econômica é a feita em Fortaleza (CE), onde o usuário desembolsa R$ 21,18.
Em Maringá, segundo a Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans), somente a bandeirada custa R$ 4, mesmo valor cobrado em Curitiba e abaixo de outras seis capitais. No entanto, a bandeira 1 sai por R$ 2,40 o quilômetro rodado R$ 0,40 mais caro que na capital paranaense - valor que só fica abaixo de Cuiabá e São Paulo, onde é cobrado R$ 2,50.
Na bandeira 2, o quilômetro rodado em Maringá aumenta para R$ 2,80. O valor sai mais em conta do que seis capitais, mas ainda supera Curitiba, onde é cobrado R$ 2,30.
Já na comparação com Londrina, Maringá tem a bandeirada mais barata (R$ 0,50 mais em conta). Em compensação, os táxis londrinenses cobram menos pelo quilômetro rodado (R$ 1,70 para bandeira 1 e R$ 2,04 para bandeira 2).
Uma das melhores frotas
O valor cobrado atualmente foi definido em 2011 por meio de um decreto assinado pelo então prefeito Silvio Barros (PP). Segundo o gerente do setor de Transportes Especiais da Setrans, José Maria Bernaderlli, o preço pode subir em breve já que a categoria deve apresentar um pedido de reajuste nos próximos dias, que será analisado pelo governo municipal. Entre os pontos discutidos para a definição da tarifa está o preço cobrado em cidades de mesmo porte, o valor do último reajuste e os gastos dos taxistas.
Para Bernaderlli, o atual valor da tarifa é compatível com a cidade. "Desde a última licitação para a prestação do serviço de táxi, é exigido somente carros zero quilômetro. Além disso, como os taxistas têm desconto de ICMS, 85% da frota é trocada a cada dois anos. Hoje, seguramente, temos uma das melhores frotas de táxi do país", justificou.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Maringá, Márcio José da Silva, também não considera excessivo o valor cobrado no Município quando comparado com Londrina e as sedes da Copa. Ele explica que os custos para manutenção do carro e principalmente para a compra de combustível são maiores em Maringá.
"É o padrão da cidade. Pra começar, aqui não tem gás [natural veicular], como Curitiba e outros lugares. Só aí, o custo é bem mais baixo para eles. Depois, pagamos quase R$ 3 [o litro] na gasolina. Se for botar na ponta do lápis, o nosso ganho é menor. A categoria gostaria até de um reajuste nesse valor", explicou.
Atualmente, Maringá tem uma frota com 185 táxis - 191 a menos que Londrina - e cerca de 300 taxistas. Na opinião de Silva, o atual número comporta a demanda da cidade. "Uma vez ou outra, quando acontece algum grande evento, pode faltar [táxis], mas na maior parte do ano é tranquilo."
Distribuição dos pontos
Maringá conta com 43 pontos de táxi. No entanto, o presidente do sindicato os considera mal distribuídos. Ele diz acreditar ser necessário fazer uma readequação, além de melhorar a fiscalização, já que alguns pontos ficariam vazios enquanto outros receberiam muitos veículos.
O gerente de Transportes Especiais da Setrans explicou que alguns pontos fora do Centro foram criados durante a última licitação para prestação do serviço de táxi, que elevou de 140 para 185 carros.
"Além da falta de movimento de alguns locais, existe o perigo noturno. Por isso, alguns taxistas preferem acompanhar o movimento da cidade. Não dá mais para o taxista ficar sentado esperando corrida e jogando dominó. A cidade se transformou", destacou Bernaderlli.