Foi encerrada, nesta quarta-feira (16), mais uma etapa de transferências de presos da carceragem da 9ª Subdivisão Policial (SDP) de Maringá programadas pela Secretaria de Estado de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). Desde a última sexta (11), 58 presos foram levados para a Casa de Custódia de Maringá (CCM), sendo 17 só nesta quarta.
Até a próxima semana, a Seju pretende transferir outros 45 presos, da mesma unidade policial, que manifestarem interesse em cumprir pena em unidades administradas pela Seju em Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava e Ponta Grossa.
Com a medida, a Seju espera acabar com o problema da superlotação carcerária na delegacia de Maringá. O local, que tem capacidade para 114 vagas, ficará com 85 detentos.
A Seju também anunciou que, a partir de agora, a CCM será destinada exclusivamente para receber presos da 9ª SDP. A medida atende determinação da secretária de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, e busca evitar que o contingente carcerário da unidade prisional extrapole o limite de sua capacidade de custódia.
Para o delegado-chefe da 9ª SDP, Sérgio Barroso, as medidas devem amenizar o problema da carceragem. "Com a CCM recebendo exclusivamente presos da delegacia de Maringá, será possível haver um giro maior de remoções, que serão mais constantes", avaliou.
26 presos foram recapturados após duas fugas
O problema da superlotação na carceragem da delegacia de Maringá é antigo, tanto que o local chegou a ser interditado em 2008. As más condições causaram rebeliões e fugas. As duas últimas ocorreram no fim do mês passado. Quatro homens escaparam no dia 25 de setembro, enquanto outros 42 deixaram a delegacia dois dias depois.
Até esta quarta-feira (16), a Polícia Civil havia confirmado a recaptura de 24 dos 46 fugitivos. Outros dois acabaram sendo mortos. Um deles foi assassinado a facadas no Jardim Panorama, em Sarandi. O outro morreu após passar mal e procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte de Maringá.
Segundo a Polícia Civil, a maioria das recapturas foi feita com a ajuda da população, por meio de denúncias. Além disso, as polícias Civil e Militar continuam fazendo patrulhamento preventivo.