Das 86 mortes causadas por raio no Paraná nos últimos 12 anos, 19 foram registradas no Noroeste| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

Três dos 10 municípios paranaenses mais atingidos por raios estão na região Noroeste, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na região, Umuarama é a cidade que registrou maior concentração de raios: 17,17 descargas por quilômetro quadrado ao ano, nos últimos 12 anos. Com isso, o município é o quarto do estado e o 67º do país mais atingido por descargas elétricas. Além de Umuarama, aparecem entre os primeiros colocados do ranking as cidades de Xambrê e Alto Paraíso, ambas localizadas na região Noroeste do Paraná.

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A maior incidência nacional é registrada no Rio Grande do Sul, onde a densidade de raios por quilômetro quadrado chega a 18,38. Os dados foram coletados por meio do sensor orbital Lightning Imaging Sensor (LIS), que está a bordo da plataforma Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM) e que faz parte de uma missão conjunta entre as agências espacial americana Nasa e a japonesa Jaxa, de acordo com a assessoria de imprensa do Inpe.

Segundo o instituto, o Brasil é o país mais atingido por raios no mundo e recebe, anualmente, 57,8 milhões de descargas atmosféricas em números absolutos. De acordo com Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), entre os anos de 2000 e 2012 foram registradas 1,5 mil mortes em todo país. São 130 mortes e mais de 200 feridos por ano, o que representa prejuízo anual de R$ 1 bilhão de reais para o país.

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Nos últimos 12 anos, foram registradas 86 mortes causadas por raios no Paraná, 19 somente na região Noroeste, segundo os dados oficiais do Elat. No mesmo período, foi registrada uma morte em cada uma dessas cidades do Noroeste do estado: Maringá, Maria Helena, Altônia, São Jorge do Patrocínio, Nova Cantu, Iporã, Quinta do Sol, Alto Piquiri, Tuneiras do Oeste, Nova Esperança, Tamboara, Janiópolis e Mato Rico. Em Querência do Norte, Iretama e Mandaguaçu foram registradas duas mortes em cada município.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a maioria das mortes por descargas elétricas no país ocorre durante a prática de atividades agropecuárias em áreas descampadas. Em situações como esta, o Inpe alerta que qualquer ponto mais alto em um campo aberto – como pessoas, árvores, veículos e alambrados metálicos, por exemplo – podem atrair descargas elétricas.

Por isso, a orientação é que a pessoa que perceba raios e trovões em uma área descampada permaneça ajoelhada e curvada para frente, colocando as mãos nos joelhos e a cabeça entre as pernas. Se não houver um local seguro para ela se proteger, ela deve ficar sentada no chão longe de possas d’água, e esperar que as descargas cessem no local.