Três vereadores eleitos têm as contas de campanha reprovadas pela Justiça

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Dos 15 vereadores eleitos em Maringá, Mário Hossokawa (PMDB), Belino Bravin Filho (PP) e Carlos Eduardo Sabóia (PMN) tiveram as contas de campanha rejeitadas pela Justiça Eleitoral. Com a decisão tomada pelo Juiz Alexandre Kozechen, da 66ª Zona Eleitoral, os parlamentares podem ter o mandato cassado pelo Ministério Público. A diplomação dos vereadores ocorre na próxima quarta-feira (17), e a posse no dia 1.º de janeiro.

As contas do reeleito Mário Hossokawa foram reprovadas em razão de uma doação no valor de R$ 1 mil feito pela cooperativa de saúde Unimed. Sociedades cooperativas são proibidas de fornecer recursos para campanha de candidatos, de acordo com a legislação eleitoral. "Foi um pequeno erro técnico cometido na campanha. Essa resolução eleitoral é nova e foi implantada em fevereiro deste ano. A Unimed não sabia, eu não sabia, nem meu contador", explica Hossokawa.

O vereador disse ainda que o valor de R$ 1 mil é menos do que 2%, dos R$ 44 mil que a campanha arrecadou. "Ou seja, é tão insignificante que não alteraria o resultado da eleição. Vale lembrar que não é um dinheiro ilícito. Apenas houve um pequeno equívoco", diz. Hossokawa já recorreu da decisão e informou que a reprovação das contas não vai interferir na diplomação e na posse.

O despacho do juiz que reprova as contas do vereador Carlos Eduardo Sabóia aponta débitos de campanha e emissão de cheques sem fundos da conta eleitoral. "Não houve má fé e não houve dolo. O cheque que voltou de R$ 1.800,00 de um posto de combustíveis foi pago por mim, pessoalmente, assim que fiquei sabendo", lembra. "O juiz entendeu que o dinheiro deveria ter passado pela conta da campanha. Ele está certo, mas eu declarei este dinheiro e tudo foi pago", disse. Sabóia já recorreu.

As contas de Belino Bravin Filho foram rejeitadas porque as despesas não foram comprovadas por meio de recibos. O vereador eleito chegou a apresentar declarações de gastos no lugar dos recibos eleitorais, mas os documentos não convenceram e foram rejeitados. A reportagem tentou entrar em contato com Bravin por várias vezes, mas não foi atendida.