Conhecido por ser um dos mais tradicionais redutos do rock e da música independente de Maringá, o Tribos Bar deve ter seu alvará cassado pela Prefeitura ainda esta semana. Segundo o setor de fiscalização do Município, a medida foi tomada porque o estabelecimento ficou aberto ao público mesmo após ter sido embargado no último dia 20, por não atender todas as normas de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o diretor de fiscalização da Prefeitura, Marco Antônio Lopes Azevedo, a casa noturna funcionou em pelo menos duas ocasiões após a entrega das notificações de embargo. Com o caso de reincidência, foi instaurado o processo de cassação do alvará do local, que também foi multado em dobro. Normalmente, a multa aplicada nestes casos é de R$ 20 por metro quadrado do estabelecimento.
"O local rescindiu no descumprimento da notificação de embargo, abrindo na sexta-feira e no sábado após a notificação. Tenho conhecimento de que a casa não funcionou mais após aquele fim de semana e que está buscando a regularização. A retirada do alvará é uma medida de segurança para que as normas sejam cumpridas", explicou Azevedo, ressaltando que o proprietário poderá abrir novamente o estabelecimento, desde que cumpra as normas estabelecidas.
A reportagem tentou contato com os responsáveis pelo estabelecimento, mas ninguém foi localizado. Na página do Tribos no Facebook, a informação é de que o local foi embargado por causa de três itens: o controle de materiais de acabamento e revestimento, placa de capacidade de público e brigadistas qualificados.
Segundo a casa noturna, o Tribos sempre teve a placa de capacidade, mas ela estava fora do padrão, de acordo com os bombeiros. O local já conta com três brigadistas. O estabelecimento também informou que todos os itens solicitados já foram providenciados. "Fizemos o possível para atender as exigências, mas não tivemos tempo hábil pra isso", informa o comunicado.
Além do Tribos, outras 15 boates e casas noturnas de Maringá haviam sido embargadas no Município.Três deles (Atlântico Clube Dançante, Taj Bar e Dionísio) também haviam funcionado irregularmente durante o primeiro fim de semana após o embargo. No entanto, como conseguiram a licença do Corpo de Bombeiros, o processo de cassação do alvará acabou interrompido. No total, foram aplicadas cinco multas que, juntas, somam R$ 91 mil.
Nove bares e casas noturnas foram liberados para funcionar
De acordo com o setor de fiscalização da Prefeitura de Maringá, nove bares e casas noturnas que haviam sido embargadas já fizeram as adequações necessárias e obtiveram a licença do Corpo de Bombeiros: Adel Nero Bar (G8), Associação de Pessoas da Terceira Idade de Maringá (Apetim), Atlântico Clube Dançante, Bar Petiscaria Curitiba (Dionísio), Casa de Bamba , Center Danceteria (Porto Café), Estância Gaúcha, MPB Bar e Taj Bar.
Outros quatro estabelecimentos estavam com as atividades paralisadas já antes do embargo e não há previsão de reabertura: Casa de Show Estravaganza, D-Vinyl, Tercílio Man e Cia. (Carinhoso) e Up Bar. Três permanecem irregulares. Além do Tribunal bar (Tribos), o embargo está mantido para a DMV Danceteria LTDA. (Arena Music Hall) e o Naip Bar Club (Polo Club). A reportagem tentou ouvir a posição das empresas embargadas, mas não conseguiu contato com os responsáveis.
A fiscalização dos bombeiros foi intensificada após o incêndio ocorrido em janeiro deste ano na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que causou a morte de mais de 240 pessoas. As casas noturnas de Maringá que apresentaram irregularidades constatadas pelo Corpo de Bombeiros tiveram quatro meses para se adequar.
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