Quase um mês após o incêndio que destruiu o Mercadão de Campo Mourão, a maioria dos lojistas que integrava o empreendimento reabriu as lojas no início desta semana. Os estabelecimentos funcionam agora no prédio de um antigo supermercado da cidade, na região central. Cerca de 120 pessoas trabalham nos comércios. A reinauguração das lojas ocorreu na segunda-feira (16), com a presença de autoridades municipais.
A reabertura foi possível porque os lojistas, unidos após o incidente, criaram uma associação. O órgão então solicitou auxílio financeiro à Prefeitura de Campo Mourão, que, por meio do programa de Incentivo Pró-Campo, aceitou custear o aluguel do prédio. São R$ 7 mil por mês, o que equivale a R$ 84 mil por ano. O incentivo foi aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (Comdec) do município. Na antiga sede do Mercadão, os boxes pertenciam aos próprios comerciantes, que arcavam apenas com os gastos de manutenção.
"Como temos esse custeio no aluguel, os gastos para os comerciantes são praticamente os mesmos de antes", afirma o ex-síndico do Mercadão, Luiz Carlos Ramalho. Dos mais de 35 comerciantes que atuavam na antiga sede, 27 participam do novo projeto. De acordo com Ramalho, o prejuízo causado pelo incêndio chegou a aproximadamente R$ 1,5 milhão e foi arcado pelos próprios lojistas.
O "novo" mercadão fica na Rua Mato Grosso, 1950, no prédio do antigo Supermercado Daimaru.
O incêndio
Um incêndio destruiu na madrugada do dia 19 de outubro o Mercadão de Campo Mourão. O local abrigava estabelecimentos comerciais diversos, como lojas de roupas, armarinhos e açougues. Havia entre 35 e 40 lojas, que ocupavam 69 boxes. De acordo com o Corpo de Bombeiros, quase 100% da construção, que data da década de 70, foi destruída. Não houve feridos.
O fogo começou por volta das 22h30. No momento de maior intensidade, as labaredas atingiram cerca de 10 metros de altura. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas somente às 2h. O fogo foi completamente apagado aproximadamente às 6h. O trabalho foi feito por mais de dez bombeiros, além de soldados da Polícia Militar, funcionários da Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo) e populares.