Os vereadores de Maringá vão discutir nesta terça-feira (15) um requerimento da vereadora Marly Silva (DEM) que pede que o prefeito Silvio Barros (PP) não conceda autorização para a realização da Marcha da Maconha, evento programado para novembro, segundo a vereadora.
O requerimento é votado uma única vez e precisa de maioria simples para ser aprovado. Neste caso, o prefeito tem um prazo de 15 dias para dar uma resposta sobre o assunto à Câmara, sem necessidade de seguir a recomendação dos parlamentares.
"Eu entendo que a maconha é maléfica para a população e, por isso, sou contra usar a via pública para divulgá-la. Isso só traz benefícios para os traficantes", disse a vereadora.
O requerimento foi incluído na pauta da Câmara do último dia 10, mas não entrou em votação porque Marly não estava na sessão, o que motivou o líder do governo, Heine Macieira (PP), a adiar a apreciação do pedido.
Macieira é contra a medida. "É inconstitucional não conceder autorização para uma manifestação pacífica. Todo cidadão tem direito de se manifestar sobre aquilo que acha correto. O prefeito não tem poder para proibir essa marcha. Seria inconstitucional."
O vereador faz questão de esclarecer que esse posicionamento não significa apoio à causa defendida pelos manifestantes. "Se sou a favor ou contra à legalização da maconha, é problema meu, de caráter pessoal. Mas, como vereador, preciso defender a legalidade, e esse requerimento é inconstitucional."
A marcha está sendo organizada pelo Coletivo Legalize Maringá, que foi criado em abril deste ano, por alunos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A reportagem não localizou integrantes do movimento para que eles se manifestassem.
Qual sua opinião sobre a marcha da maconha? Você é contra ou a favor? Deixe seu comentário abaixo.