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Vereadores e secretário de Maringá são denunciados por Gaeco

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Maringá denunciou, na última segunda-feira (3), o secretário municipal de Controle Urbano e Obras Públicas, Walter Progiante, e os vereadores João Alves Correia, o "John" (PMDB), e Wellington Andrade (PRP). Os três são acusados de exigir vantagens de um empresário para liberar a instalação de um posto de combustíveis na cidade.

Segundo o promotor do Gaeco, Laércio Januário de Almeida, esse posto seria erguido em uma área em que esse tipo de estabelecimento não seria permitido pela legislação do município. "Ouvimos um empresário que fez as acusações de cobrança de propina e realizamos as investigações", explicou.

Segundo a assessoria de comunicação do Ministério Público (MP), o caso ocorreu entre 2007 e 2008. O empresário teria conseguido a liberação do empreendimento junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. No entanto, meses depois, a própria pasta informou que a liberação estava suspensa, por conta de uma lei municipal.

O empresário foi aconselhado a procurar o vereador João Alves Corrêa, para que este apresentasse um projeto legislativo para alterar o dispositivo. De acordo com a denúncia, o vereador "aceitou promover a alteração da legislação municipal, não sem antes solicitar ao interessado que lhe entregasse vinte mil litros de combustível (óleo diesel) para ser utilizado num porto de areia que possuía no Rio Paraná, próximo do Porto São José".

Segundo o MP, a proposta de alteração foi protocolada em outubro de 2008, com urgência na tramitação. No entanto, durante a votação do projeto, empresários do setor foram à Câmara e a proposta foi retirada da pauta. Diante da situação, o empresário teria sido orientado a procurar outro vereador, Wellington Andrade, que teria cobrado R$ 40 mil de propina, mas que nem sequer apresentou um projeto.

O proprietário do estabelecimento então procurou o próprio secretário de Controle Urbano, que também teria exigido vantagem financeira para auxiliá-lo, mas o valor cobrado não foi informado. Se os três forem condenados, podem ter uma pena de dois a 12 anos de detenção.

A reportagem entrou em contato com Progiante, mas ele informou que desconhece a denúncia e que só iria se manifestar após ter ciência do conteúdo das acusações. John Alves informou que não poderia atender o telefonema. Já Wellington Andrade não foi encontrado para comentar as denúncias.

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O pedido de suspensão foi feito pela Mesa Executiva da Câmara, que se reuniu na noite de segunda-feira (3) para avaliar o pedido de cassação do mandato de Alves, apresentado pelos vereadores de grupo de oposição.

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