O volume de mercadorias apreendidas na região de Maringá por contrabando e descaminho no primeiro semestre de 2011 dobrou em relação ao mesmo período de 2010. O balanço da Receita Federal mostra que, entre janeiro e junho deste ano, foram apreendidos R$ 11,6 milhões em mercadorias, contra R$ 6,7 no ano passado um aumento de 71%. Em razão disso, o galpão onde funciona o Depósito de Mercadorias Apreendidas (DEM) da Receita está lotado e caminhões aguardam para descarregar.
"Temos quatro caminhões, duas carretas e um contêiner carregados com cigarro e não há onde guardar [o material]. Eles estão no pátio do depósito aguardando uma transferência para Foz do Iguaçu ou espaço para serem descarregados", explica o analista da Receita Federal em Maringá, Marcos Luchiancenkol.
Doze pessoas são responsáveis por descarregar os caminhões e organizar os produtos, apreendidos em uma área que abrange 126 municípios da região de Maringá. Até junho deste ano, a Receita havia oito funcionários, mas o quadro precisou ser reforçado. Segundo Luchiancenkol, os aparelhos eletrônicos lideram o número de apreensões. "Ultimamente, temos apreendido até tablets, que está na moda e é o que se vende. Mas os eletrônicos em geral são os mais apreendidos como notebooks, câmeras fotográficas, GPS e celulares."
Destino das apreensões
Os produtos contrabandeados apreendidos pela Receita Federal na região de Maringá são, geralmente, incorporados pelo poder público. "Prefeituras, justiça e entidades ligadas ao poder público pedem alguns equipamentos que podem ser usados, e fazemos as doações. Geralmente computadores, retro-projetores que são destinados a escolas", esclarece Marcos Luchiancenkol.
Além disso, parte dos produtos pode ser enviada para destruição, como é o caso dos cigarros apreendidos e, outra parte, doada a entidades beneficentes, para a realização de bazares ou leilões.
