A Marinha responsabilizou cinco pessoas pela morte da menina Grazielly, 3, atropelada por um jet ski no início do ano em Bertioga (litoral paulista). O veículo a atingiu após ser ligado por um adolescente e sair desgovernado.
As pessoas foram citadas em um inquérito concluído pelo 8º Distrito Naval, que ainda não chegou ao Tribunal Marítimo, que vai julgá-los na esfera administrativa. As pena previstas vão da aplicação de uma multa até a cassação da habilitação para conduzir veículos aquáticos.
Na esfera criminal, três pessoas foram denunciadas (acusadas formalmente) pelo crime de homicídio culposo - sem intenção de matar: o empresário José Augusto Cardoso Filho, padrinho do adolescente e dono do jet ski; Thiago Veloso Lins, dono da marina onde o veículo ficava; e o mecânico Aílton Bispo de Oliveira, que fez a manutenção do jet ski.
A primeira audiência do julgamento começou na quarta-feira (22) no Fórum de Bertioga. Segundo o "Jornal Tribuna", da TV Tribuna, a tenente da Marinha Roberta Lopes Antônio foi uma das 19 pessoas a prestar depoimento.
Na audiência ela revelou que o inquérito da corporação citou, além dos três denunciados, a madrinha do adolescente, Ana Júlia Campos Cardoso, e a mãe dele, que não teve o nome divulgado para preservá-lo. O garoto, de 13 anos, responde por ato infracional.Todos negam responsabilidade no caso.
Atropelamento
O acidente aconteceu no dia 18 de fevereiro. Grazielly tinha vindo de Artur Nogueira (a 145 km da capital paulista) para passar o Carnaval na cidade. Ela brincava na areia com a mãe quando foi atingida na cabeça pelo jet ski em alta velocidade.
O adolescente admitiu à polícia e ao Ministério Público que ligou o jet ski que atropelou e matou Grazielly. Ele nega que tenha montado e pilotado o veículo. Segundo o depoimento do jovem, um amigo também menor de idade o acompanhava.Ele afirmou também que teve a autorização dos padrinhos para colocar no mar o veículo. Cardoso era pré-candidato à prefeitura de Suzano (Grande São Paulo) pelo PSDB. A mãe do menino confirmou que foi Cardoso quem autorizou o uso do aparelho.
A mãe do garoto disse que, após o acidente, levou o filho para sua casa de veraneio na Riviera de São Lourenço por temer represálias da população.
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