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São Paulo – O bordão do apresentador Silvio Santos – "Quer pedir ajuda aos universitários?" – renasce agora no mundo do marketing. Mas a "ajuda" que as empresas querem dos estudantes não é exatamente a resposta correta. Elas querem mesmo é que os universitários consumam seus produtos ou serviços.

Por isso iniciativas antes pontuais começam a se tornar rotineiras, com a presença de empresas especializadas nas demandas desse segmento. É o caso, por exemplo, das agências Mundo Universitário e Namosca. Ambas munidas de levantamentos e contatos, prontas a oferecer iniciativas no meio universitário.

Nos últimos três anos, as empresas vêm destinando cada vez mais verbas de marketing para chegar aos estudantes. O banco ABN Amro Real, a cervejaria Schincariol, a operadora de celulares Vivo, a empresa de bebidas Femsa, além de grandes escritórios de advocacia, arquitetura e engenharia, estão entre as que contam com ações voltadas ao mundo universitário.

O interesse se justifica em números: são cerca de 4,5 milhões de universitários em todo o Brasil. E, apesar de serem 26% do total de jovens do país, eles respondem por 41% do total do chamado consumo jovem. A movimentação financeira desse grupo é estimada em R$ 52 bilhões por ano, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"Eles têm enorme potencial de consumo e estão formando suas opiniões, o que torna esse momento relevante para as marcas que queiram criar elos com futuros consumidores", diz Caio Romano, diretor geral da agência Mundo Universitário.

Na tentativa de traçar o perfil desse consumidor, a agência Namosca foi a campo descobrir o que eles consomem nas cantinas e nos bares das redondezas das universidades. Avaliaram 2,8 mil pontos de venda em faculdades públicas e privadas. E, por exemplo, apesar de confirmarem o elevado consumo de refrigerantes, registraram significativo avanço das águas com sabor, o que demonstra uma preocupação em consumir bebidas mais saudáveis.

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