Estruturas também ficam doentes, diz especialista
Especialista e professor de pós-graduação sobre patologia nas edificações na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o engenheiro civil Claudio Slosaski explica que as sacadas também adoecem, por isso precisam constantemente de inspeção para evitar danos.
Laudo aponta falha em prédio na capital
O laudo final sobre a queda de uma sacada no Edifício Champagnat, no bairro do Bigorrilho, acidente que aconteceu em 3 de abril do ano passado, aponta que houve falha na estrutura das sacadas feitas no imóvel. A planta previa uma quantia de ferragens, mas durante a construção foi usada uma quantidade menor. Também houve uso excessivo de caliça (fragmentos de argamassa ressequida), segundo informou a Comissão de Segurança em Edificações e Imóveis (Cosedi), da prefeitura de Curitiba.
A Cosedi determinou que todas as outras sacadas do edifício passassem por reforma para a segurança dos moradores, o que foi acatado pelo prédio. Moradores, a administradora do edifício e o síndico foram procurados para comentar o assunto, mas não quiseram dar entrevista. A sacada do quinto andar do prédio, localizado na Padre Anchieta, desabou no ano passado, sobre uma garagem. Ninguém ficou ferido, houve apenas danos materiais pagos pelo seguro do condomínio. (PM)
Muitos moradores ainda deixavam ontem à tarde o prédio que teve as sacadas destruídas após a queda de uma marquise, em Maringá, no Noroeste do Paraná. O acidente aconteceu minutos depois da meia-noite de domingo. A marquise que servia de cobertura para a última sacada do Edifício Dom Gerônimo desabou. Em efeito dominó, todas as 15 sacadas do bloco 2 ruíram, porque não agüentaram o peso dos entulhos. Durante a madrugada, o prédio foi desocupado e, depois de três horas, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil liberaram o acesso aos apartamentos. Segundo a Defesa Civil, as vigas de sustentação do prédio estavam intactas e não foram encontrados problemas que comprometessem a estrutura. Ninguém ficou ferido.
A entrada do edifício está interditada, porque os escombros caíram sobre o jardim, criando um buraco. Debaixo do jardim estão as garagens subterrâneas, que também foram atingidas pela queda das 15 sacadas. Nenhum carro foi danificado. Os moradores têm acesso ao edifício por outra garagem que não corre risco de ruir. O prédio está localizado na confluência das ruas Visconde de Nassau com Campos Sales, na Zona 7 de Maringá.
Segundo a síndica do edifício, Olga Inês de Souza, os moradores que têm crianças preferiram deixar o prédio até que o laudo técnico fique pronto. Ela disse que o susto foi muito grande quando o acidente aconteceu e que, por pouco, não foi vítima. "Estava na sacada conversando com o porteiro, porque moro no primeiro andar. Foi o tempo de eu entrar para desligar a televisão e veio o barulho. Foi um estrondo enorme e aqueles entulhos caindo, pensei que um avião tivesse batido no prédio ou que fosse um terremoto", diz. Olga afirma que o abalo quebrou as vidraças das sacadas e os vidros voaram para dentro dos apartamentos. Muitas portas também foram destruídas. "O susto foi muito grande", afirmou Fátima Gaspar, uma das moradoras do 13º andar.
O diretor de Operações da Defesa Civil e secretário municipal de Serviços Públicos de Maringá, Vagner Mussio, disse que a primeira estrutura a cair foi a marquise, que serve de cobertura para a varanda do último andar. Como estava chovendo, é provável que ela não tenha suportado o peso da água. O trabalho da perícia, que tirou fotos e fez vídeos ontem à tarde do local, será analisar a estrutura da marquise e das sacadas para saber o motivo de elas não terem suportado a pressão.
Segundo Mussio, inicialmente, parece ter havido infiltração de água e corrosão das ferragens na marquise. Entretanto, a primeira providência dos técnicos será confrontar o resultado da perícia com o projeto estrutural do prédio. Se houver alguma divergência, a Defesa Civil deve determinar a demolição das sacadas que restaram no primeiro bloco. No caso de a estrutura encontrada conferir com o que está no projeto, a hipótese da infiltração ganha mais força. Nesse caso, a orientação será para que seja contratado um engenheiro e que se faça uma revisão geral.
Mussio disse que ainda não tinha conhecimento sobre a construtora do edifício. "O prédio tem seguro e deve ser acionado", destacou. O engenheiro responsável pela obra mora no 8º andar do edifício, mas não quis dar entrevistas. A Defesa Civil afirmou que a vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros e engenheiros não encontrou rachadura ou abalo em qualquer das vigas de sustentação do edifício. "Não aconteceu nada, está liberado para os moradores entrarem", afirmou.
O gerente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) em Maringá, Edgar Tsuzuki, disse ontem à tarde que ainda estava "validando as informações" para divulgar o nome da construtora do edifício. Segundo ele, fiscais estiveram pela manhã coletando os dados necessários para a elaboração de um relatório. A ele será juntado o laudo da Defesa Civil para serem submetidos posteriormente à câmara especializada de engenharia civil.
O edifício tem 12 anos e, pela idade, não teria motivos para ter problemas na marquise. A síndica Olga confirmou que todos os anos são feitas vistorias na edificação e que, em nenhum momento, os laudos apontaram para problemas de infiltração. "Acreditamos que a forte chuva dos últimos dias deixou a marquise mais pesada, por isso ela desabou", fala. O coordenador da Câmara de Engenharia Civil do Crea em Maringá, Francisco José Ladaga, não descarta a possibilidade de falta de manutenção. "A marquise fica exposta ao sol, chuvas e ventos. Pode ter sido uma fissura, falta de manutenção ou até mesmo falta de estrutura. Só o laudo vai nos dizer o que foi." O laudo deve ficar pronto em 30 dias.
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