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Agentes da Guarda Civil Metropolitana estão proibidos de utilizar a técnica conhecida como mata-leão nas abordagens feitas na cidade de São Paulo. Um decreto do prefeito Bruno Covas (PSDB) foi publicado nesta quinta-feira (10), no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, e traz a proibição de técnicas de estrangulamento.
De acordo com a norma, fica vedado aos agentes da Guarda Civil Metropolitana, "o uso de técnicas de estrangulamento, restando vedada a sua aplicação com qualquer parte do corpo ou com a utilização de qualquer tipo de instrumento".
As demais técnicas que compõem o curso de capacitação fornecido pela Academia de Formação de Segurança Urbana aos agentes ficam mantidas, de acordo com o decreto.
O "mata-leão" já havia sido proibido pela Polícia Militar em julho. No caso da PM, a proibição da técnica ocorreu dias depois da abordagem a um jovem negro no interior de São Paulo. O vídeo que mostrava os policiais militares sufocando o jovem circulou nas redes sociais.
Discussões dessa natureza passar a ser mais frequentes após a morte de George Floyd, de 46 anos, nos Estados Unidos, em maio. Na abordagem, um agente pressionou o joelho sobre o pescoço de Floyd, enquanto ele estava algemado e de bruços no chão. A morte de Floyd provocou uma onda de protestos nos EUA e em outras partes do mundo.