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Caso Bruno

Material genético de mãe de Eliza deve ser colhido, diz delegado

O chefe do Departamento de Investigações de Belo Horizonte, delegado Edson Moreira, comentou, nesta terça-feira (6), o andamento das investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio. A jovem teve um relacionamento com o goleiro Bruno, do Flamengo, e está desaparecida há mais de 20 dias. Segundo a polícia, o jogador é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza.

De acordo com o investigador, para esclarecer se o sangue encontrado em dos carros de Bruno é ou não de Eliza deve ser colhido material genético da mãe da jovem. Segundo a polícia, amostras de material genético do pai de Eliza e do filho da jovem, um bebê de 4 meses, já haviam sido colhidas. O veículo de Bruno foi apreendido no dia 8 de junho, durante uma blitz, e passou por perícia.

O delegado foi entrevistado durante o programa Mais Você. Moreira disse que a solicitação já foi feita à mãe de Eliza, Sônia Moura, de 44 anos.

Ainda segundo Edson Moreira, pessoas que já prestaram depoimentos devem ser chamadas novamente para dar mais esclarecimentos à polícia. Entre elas, o investigador citou a mulher do goleiro, Dayane de Souza.

Na segunda-feira (5), o delegado havia dito que Bruno e pessoas próximas a ele, como o amigo conhecido como Macarrão, devem prestar depoimento nesta semana ou na próxima. Moreira comentou ainda que arquivos do computador e mensagens eletrônicas de Eliza devem passar por análise.

Acompanhamento

A pedido da polícia, o Ministério Público Estadual deve acompanhar o caso. O procurador-geral de Justiça, Alceu José Torres Marques, designou o promotor Gustavo Fantini para essa tarefa.

O advogado do pai de Eliza, Jader Marques, disse que já considera o caso como homicídio. Luis Carlos Samudio, pai da jovem, que vive em Foz do Iguaçu (PR), viajou para Belo Horizonte para acompanhar as investigações.

Entenda o caso

De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samudio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador Bruno, em Esmeraldas (MG). Segundo a polícia, ele é suspeito de envolvimento no caso.

Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, teria dito, em depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na casa de desconhecidos e foi entregue ao avô, pai de Eliza, em 27 de junho.

Dayane chegou a ser levada à delegacia na sexta-feira, 25 de junho. Ela foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.

Na segunda-feira passada, 28 de junho, a polícia vasculhou o sítio do goleiro Bruno, por mais de nove horas. Policiais e peritos fizeram escavações e vistoriaram o sótão, onde encontraram roupas de mulher, objetos de criança, fraldas e passagens aéreas. Um poço também foi vasculhado. A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza.

O Flamengo anunciou que o goleiro permanece afastado do time durante as investigações. Em 1º de julho, ele disse que estava "muito chateado" com o sumiço de Eliza. O atleta ainda não foi chamado para depor.

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