Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde revela um dado nada animador. A taxa de mortalidade por acidente de trânsito em Londrina, no Norte do Paraná, supera a do Brasil. Enquanto no País 19,3 pessoas a cada 100 mil habitantes morreram em 2005 vítimas de acidentes de trânsito, na Cidade foram 25,5 óbitos por 100 mil habitantes no mesmo período.
Londrina também apresentou o maior risco de óbito por atropelamento e por motocicleta. Em 2005, o risco de um morador do Município morrer atropelado foi de 14,7 por 100 mil habitantes, duas vezes maior do que um morador de Curitiba, onde a taxa ficou em 7 a cada 100 mil.
O risco desse mesmo londrinense morrer em um acidente de moto foi duas vezes maior que o do Brasil - 6,8 contra 3,2 - e superou em 50% o risco de um morador de Curitiba morrer pelo mesmo motivo. Na capital do Estado, a taxa de mortalidade em acidente por moto ficou em 4,2 por 100 mil habitantes em 2005.
Além de Londrina, o levantamento do Ministério da Saúde apresenta dados registrados no Brasil, Região Sul, Paraná e Curitiba de 1996 a 2005. Com exceção das taxas de acidente de trânsito computadas no Paraná, que foram maiores que no Município em 1999, 2001, 2003, 2004 e 2005, Londrina supera todas as demais no período analisado.
"Os números são muito elevados e chamam a atenção", reconheceu a coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Maria Alves da Silva. "Os acidentes de trânsito são uma epidemia."
Ela lembrou que entre 1988 e 2002 houve uma redução de 5 mil mortes decorrentes de acidentes de trânsito no País. Mas a partir de 2003, o número de óbitos voltou a crescer. A coordenadora acredita que, passada a apreensão inicial em relação às leis mais rigorosas do novo Código de Trânsito Brasileiro, implantado em 1998, os motoristas ficaram mais acomodados e voltaram a negligenciar as medidas de segurança no trânsito. "No início [da implantação do novo código], a fiscalização era mais intensa e os motoristas tinham medo da multa. Também houve um relaxamento na fiscalização por parte do Poder Público, além de outros fatores, como o aumento da frota de veículos e a reestruturação das profissões. As motos passaram a ser ferramenta de trabalho", declarou Marta da Silva.
"O atropelamento, por exemplo, é decorrente do excesso de velocidade. Em Curitiba, as ruas mais movimentadas são monitoradas com radares ou têm lombadas eletrônicas. É um processo mais avançado que o nosso", comparou o diretor de Trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Álvaro Grotti Júnior. No ano passado, 29 pessoas morreram vítimas de atropelamento em Londrina.
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