Uma médica gaúcha que integra o programa Mais Médicos acusa a secretária de Saúde de Santa Helena, no Oeste do Paraná, de fazer comentários racistas por causa de seu penteado dreadlock. A secretária, Terezinha Madalena Bottega, confirmou à reportagem o teor da conversa, mas negou que tenha praticado qualquer ato de racismo. Ainda nesta terça-feira, o Ministério da Saúde notificou o município para prestar esclarecimentos sobre o caso. Se a prefeitura não se manifestar em cinco dias ou for comprovado o ato de racismo, a cidade de Santa Helena estará sujeita a sanções do ministério, no âmbito do programa.
Em uma reunião sobre o início do trabalho em Santa Helena (a 619 km de Curitiba), Thatiane Santos da Silva, 30, que é negra, ouviu da secretária municipal, Terezinha Madalena Bottega, que seu cabelo exala um cheiro forte, que os pacientes estão acostumados a outro “padrão” de médicos e que ela poderia sofrer preconceito. “Foi total falta de ética ao julgar a capacidade de um profissional pela sua aparência”, disse a médica, que fez um boletim de ocorrência.
Thatiane estudou medicina em Cuba e se formou em 2012. Ela fez o Revalida para obter registro no Conselho Regional de Medicina. A secretária de Saúde confirmou o teor da conversa com a médica, mas negou que tenha havido racismo. “Não foi nenhum ato de racismo da nossa parte. A gente quis alertá-la de possíveis comentários porque não estamos acostumados a esse tipo de visual”, afirmou.
Em nota, o Ministério da Saúde disse que “repudia veementemente todas as formas de discriminação étnico-racial, reconhecendo o preconceito como determinante social que impacta diretamente nas condições de saúde e de vida dos brasileiros”.
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