Uma médica cubana do Programa Mais Médicos foi estuprada dentro de um posto de saúde no município de Capoeiras, agreste de Pernambuco. Segundo a Polícia Civil do município, o crime ocorreu na última segunda-feira (1º).
Um homem armado com uma faca entrou no posto e anunciou um assalto. No momento do crime só estavam no local a médica e outra funcionária. Não havia seguranças na unidade.
Ainda segundo a polícia, os celulares das duas foram roubados. A funcionária foi isolada numa sala, e a médica violentada no consultório.
Em nota, o Ministério da Saúde disse “lamentar o ocorrido” e que está providenciando a transferência da profissional para uma outra cidade até o fim da semana.
Afirmou também que a médica está recebendo apoio e que foram adotadas as medidas previstas no SUS para vítimas de violência sexual, com a medicação de emergência contra gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, além de testes para detectar alguma infecção.
Embates
Ao mesmo tempo em que ganhou apoio de parte da população, o Mais Médicos se manteve nos últimos três anos como alvo frequente de embates entre governos, movimentos de saúde e entidades médicas.
Criado para levar médicos a regiões onde há carência de atendimentos, o programa tem enfrentado problemas em algumas cidades, como a substituição de profissionais efetivos por bolsistas do programa, infraestrutura precária, descumprimento ou falta de controle das cargas horárias e baixa supervisão.
Além disso, grupo se dividem diante de possíveis mudanças em critérios do programa. Associações médicas, por exemplo, são contrárias à prorrogação do contrato com médicos estrangeiros.
“Não somos contra médicos que se formaram fora virem trabalhar aqui. Mas, a partir do momento em que não são avaliados, não temos garantia de que são bons médicos”, diz o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso.
Outras propostas, como a mudança nas regras que hoje ofertam a participantes brasileiros bônus de 10% na nota em provas médicas, têm ganhado apoio.
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