A médica e ex-chefe da UTI Geral do Hospital Evangélico Virgínia Soares de Souza disse nesta segunda-feira (1º) que confia na Justiça e defendeu que a verdade sobre as acusações que recaem sobre ela aparecerá. As informações foram veiculadas no telejornal Paraná TV 2ª Edição, da RPC TV. Virgínia é suspeita de ter antecipado a morte de pacientes em umas das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do hospital em que trabalhou por mais de 20 anos.

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"A verdade, ela requer tempo, e ela vai aparecer. Estou me sentindo com confiança na justiça", disse Virgínia. Em seguida, questionada sobre qual o argumento principal da sua defesa, a médica respondeu: "o exercício médico", finalizou, antes de entrar no carro acompanhada do seu advogado, Elias Mattar Assad.

A declaração da médica foi feita logo após uma conversa entre ela e a equipe técnica do Tribunal do Júri, composta por psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais. O diálogo não conta com a presença do advogado e é um procedimento realizado para traçar um perfil do suspeito e informar sobre os sobre os direitos e deveres do possível réu durante o trâmite da ação na Justiça.

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A conversa ocorreu depois que Virgínia cumpriu a decisão do despacho do juiz Daniel Surdi de Avelar, que determinou a liberdade da médica no último dia 20. No documento que permitiu a ex-chefe da UTI de ser solta havia o pedido de que ela se apresentasse ao Tribunal em toda a última quinta-feira do mês. Como na quinta começava o recesso de Páscoa, o advogado Elias Mattar Assad, que defende a suspeita, antecipou em um dia o cumprimento da determinação.

"Nesse dia o cartório aproveitou e nos intimou para levar ela hoje (segunda) para que ela tivesse um momento com a equipe técnica. Eles perguntam onde a pessoa mora, se pretende fazer alguma viagem, como foi a infância, etc. São perguntas para saber mais sobre a vida da pessoa e alertar sobre as obrigações e direitos. É uma formalidade", diz Assad.

Advogado busca novas provas

Assad promete que nos próximos dez dias vai apresentar uma carta com denúncias sobre irregularidades na forma como alguns órgãos da Justiça do Paraná conduziram as investigações do caso. Segundo ele, um grupo empresarial de São Paulo teve papel decisivo na forma de como foram feitas as apurações, mas ele não quis adiantar detalhes dessa nova hipótese.

"Essa pessoa atribui o comando dessa operação de um grupo econômico de São Paulo e descreve todos os detalhes de porque isso aconteceu. O Ministério Público falou muito em denúncia anônima. Se esse recurso vale pra ele, há de valer para nós também. Vamos pedir ao juiz para ter uma testemunha sigilosa, uma ou duas, porque tem mais uma pessoa de Curitiba que também vai dizer o que acontece nos bastidores disso, como funcionou essa investigação", disse.

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