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Embora o estado de saúde da americana Sarah Nicole Lowry continue grave, o médico Marco Aurélio Pellon, da Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio, acredita que não será necessário submetê-la a nenhuma cirurgia plástica. Sarah teve cerca de 80% do corpo queimados na explosão de um bueiro, na terça-feira (29), em Copacabana, Zona Sul do Rio. O marido de Sarah, David James, de 31 anos, sofreu queimaduras de menor extensão.

Segundo o médico, apesar de o quadro de Sarah, estatisticamente, apresentar risco de morte, ela tem reagido bem ao tratamento. "Acho que não vai precisar de cirurgia plástica. É um quadro grave, pela extensão, mas a maioria das queimaduras é de segundo grau (média profundidade). Além do mais, ela é jovem, saudável e tem respondido positivamente", disse o cirurgião, em entrevista coletiva, nesta tarde de quinta-feira (1º ), ao lado do diretor-médico da clínica, Paulo Zimmer.

Marco Aurélio explicou ainda que outra coisa que favorece o quadro da americana é o fato de as vias aéreas, como pulmão, por exemplo, não terem sido comprometidas pelas queimaduras. De acordo com o médico, Sarah teve queimaduras de 3º grau pequenas, que atingiram o braço direito, as costas e os seios. Ele acredita que não ficará sequelas no rosto.

A expectativa do médico é de que a cicatrização das lesões comece nos próximos 10 dias. Diariamente Sarah é submetida a banhos, para eliminar as toxinas, antes dos curativos. "Ela precisa de reforço no organismo para diminuir as substâncias tóxicas nas lesões", afirmou o médico.

Troca de transformador

Equipes da Light vão trocar, nesta quinta-feira (1º), o transformador danificado após a explosão.

Durante a madrugada e a tarde de quarta-feira (30) foram realizados trabalhos de manutenção para a substituição de cabos e conexões da rede elétrica afetados pelo calor. A explosão foi na esquina das ruas República do Peru e Nossa Senhora de Copacabana na terça-feira (29). As informações são da assessoria da Light.

A empresa informou que encaminhou, no final da tarde de quarta-feira, as informações solicitadas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o ocorrido.

A explosão pode ter sido causada por um curto-circuito, segundo laudo inicial da perícia divulgado na quarta-feira (30). O casal de turistas americanos ficou gravemente ferido no acidente.

De acordo com o delegado Fernando Reis, titular da Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), a prova pericial afirma que o curto-circuito estaria em torno de 13 mil volts.

"Segundo a prova pericial, o que detonou o evento foi exatamente um curto-circuito cuja intensidade estaria em torno de 13 mil volts, ou seja, independente de qualquer outro fator externo esse evento por si só já seria suficiente pra causar o dano verificado", afirmou.

A polícia já ouviu o depoimento de seis pessoas, entre funcionários da Light e testemunhas da explosão. Moradores contaram que sentiram cheiro forte na noite de segunda-feira (28).

A cinco metros do bueiro da Light que explodiu, há uma tubulação da CEG. Mas segundo o delegado Fernando Reisa, o laudo preliminar diz que não havia vazamento de gás na última terça, no momento em que a perícia foi feita.

Outras explosões

Em um ano, pelo menos seis bueiros da Light explodiram em vários pontos do Rio. Ao todo, três pessoas ficaram feridas. A polícia quer saber se há alguma relação entre esses casos e o acidente de da última terça-feira. A Light também está investigando as causas de explosão.

"Nós temos que verificar se esse monitoramento está sendo feito conforme o planejado e, se estiver, não é suficiente porque o cidadão tem o direito de, andando pela calçada, andar seguramente. Se o que estamos fazendo não é suficiente, vamos fazer mais", disse o presidente da Light.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que espera por um relatório da Light sobre o acidente para decidir as providências que serão tomadas. Segundo a Aneel, o documento deverá ser entregue pela concessionária ainda hoje.

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