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Integrante do Programa Mais Médicos, do governo federal, o médico cubano Isoel Gomez Molina foi afastado nesta quarta-feira, 20, das funções pela Secretaria de Saúde de Feira de Santana (BA). Molina é acusado de prescrever uma superdosagem de dipirona (analgésico e antitérmico) para um bebê de 1 ano e 10 meses. A criança, porém, não chegou a ser medicada na quantidade indicada por ele.

A denúncia de má atuação foi feita por outra médica da cidade, que atendeu o bebê numa policlínica e pediu para ver a receita que havia sido passada por Molina. No documento, o ele indica que sejam ministradas 40 gotas do medicamento ao bebê, de 10,2 quilos - quando o indicado na própria bula do remédio é que a dose deve ser de uma gota por quilo.

A receita foi levada à direção da unidade e repassada para a secretaria, que instaurou sindicância para apurar o caso, junto com a Secretaria Estadual e o Ministério da Saúde. As apurações, de acordo com o órgão, vão durar até 30 dias, período no qual Molina ficará afastado.

A mãe da criança, a diarista Gilmara Santos, porém, afirma que Molina não errou. "Ele explicou que seria uma gota por quilo do meu filho, só errou na hora de escrever a receita", alegou, durante um protesto de moradores da região na frente do posto de saúde no qual o médico trabalha, pedindo o retorno dele, na manhã desta quinta-feira, 21. De acordo com Gilmara, como a febre do filho continuou após o uso do medicamento, ela decidiu procurar a policlínica. Segundo a secretaria municipal, trabalham na cidade 12 integrantes do Mais Médicos. O órgão ainda afirma que, por causa da ocorrência, eles passarão por um treinamento, no fim de semana, com profissionais do Sistema de Assistência Farmacêutica da cidade.

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