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Corpo do médico foi enterrado na tarde desta quarta-feira, em Curitiba | Daniel Derevecki / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Corpo do médico foi enterrado na tarde desta quarta-feira, em Curitiba| Foto: Daniel Derevecki / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Morto em confronto

Durante o período de buscas pelos autores do assassinato do médico João Carlos Romanus, cinco suspeitos foram abordados e um deles acabou morto depois de uma troca de tiros com policiais militares. O carro roubado do neurocirurgião foi deixado em frente a uma casa abandonada no bairro Monte Castelo, em Colombo, e todos os suspeitos estavam dentro desta residência.

A Polícia Civil informou que, primeiro, duas adolescentes foram encontradas no local. Elas foram encaminhadas para delegacia para prestar depoimento e depois foram liberadas. Em novas buscas, outros três menores foram localizados no banheiro da casa abandonada. Segundo o delegado Geraldo Celezinski, os policiais tentaram abordá-los, mas eles teriam reagido atirando contra as autoridades. Na troca de tiros, um dos menores foi morto. Os dois adolescentes que estavam com ele foram para a delegacia e acabaram liberados, pois ficou comprovado que eles não tinham envolvimento com o crime contra o médico.

  • Maicon de Lima, 18 anos, é acusado de ter atirado no médico João Carlos Romanus

O médico João Carlos Romanus, de 74 anos, foi assassinado depois de tentar fugir de dois assaltantes que buscavam roubar o carro dele, informou a polícia na tarde desta quarta-feira (4). O neurocirurgião morreu com um tiro no peito, por volta das 21 horas de terça-feira (3), no bairro Alto da XV.

O delegado Geraldo Celezinski, titular da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, afirmou que duas pessoas foram presas, acusadas de participar do latrocínio (roubo seguido de morte): Maicon de Lima, 18 anos, e um adolescente de 17 anos. Segundo a polícia, Lima teria sido o autor do disparo que vitimou o médico.

De acordo com Celezinski, na noite de terça-feira, os dois acusados e um menor de 13 anos tentaram assaltar um casal no Alto da XV. O roubo não deu certo e o trio se separou. Maicon de Lima e o adolescente de 17 anos continuaram juntos e, depois de avistarem o neurocirurgião chegando em casa na Rua Atílio Bório, resolveram roubar o carro do médico para voltar para Colombo, onde residem.

Ao perceber a aproximação da dupla, Romanus tentou manobrar o Polo prata que dirigia de ré para fugir. Neste momento, Lima teria atirado no peito da vítima. A polícia informou que os dois assaltantes tiraram o corpo do neurocirurgião do veículo e fugiram com o automóvel.

A polícia chegou até os dois suspeitos depois que o garoto de 13 anos, que estava com a dupla antes do latrocínio, foi apreendido. O menor indicou que os companheiros poderiam ser os autores do crime contra Romanus e os dois acusados acabaram presos durante a madrugada na casa deles, em Colombo.

Maicon de Lima está na carceragem da Delegacia do Alto Maracanã e o adolescente de 17 anos deve ser transferido ainda nesta quarta-feira para a Delegacia do Adolescente. Os dois vão responder pelo roubo seguido de morte.

Lamentação

O velório e o enterro do corpo de Romanus ocorreram no Cemitério Luterano, no bairro Alto da Glória. Estiveram presentes a família do neurocirurgião, amigos, médicos e pacientes. O clima no local era de indignação pela violência e lamentação. O ortopedista Mohty Domit Filho, que foi aluno do neurocirurgião na Faculdade Evangélica, ressaltou a dedicação de Romanus com os pacientes. "O que mais vai ficar na nossa memória é o cuidado que ele tinha com os pacientes", disse.

Para o Doutor Artur Kummer Junior, que foi chefe do serviço de neurologia do Hospital Evangélico, Romanus sempre demonstrou muita competência. "Ele fazia qualquer cirurgia neurológica. Era uma pessoa muito compenetrada no trabalho, sério", conta Kummer Junior, que trabalhou com Romanus por cerca de dez anos.

João Carlos Romanus era neurocirurgião, formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com especialização feita na Alemanha. Ele era membro titular da Sociedade Brasileira de Neurologia e da Sociedade Paranaense de Neurologia. Em Curitiba, trabalhou nos hospitais Evangélico, da Cruz Vermelha e no Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná.

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