À espera de recursos
O secretário de Saúde de Ponta Grossa, Alberto Olavo de Carvalho, confirma que a estrutura do hospital está pronta para receber novos equipamentos, como os leitos de UTI pediátrica, mas que esses investimentos dependeriam do governo estadual. "Não vou incorrer no erro de estipular prazos, porque isso depende de investimentos", diz.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) respondeu em nota à redação que a previsão de funcionamento do Hospital da Criança é fim de 2007 ou início de 2008. A Sesa afirma que já possui os equipamentos para os leitos de UTI neonatais e os do centro cirúrgico estão em processo de compra. Segunda a secretaria, a contratação dos profissionais de saúde que irão trabalhar na unidade é de responsabilidade da prefeitura.
Ponta Grossa O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) enviou ofício à Secretaria de Saúde de Ponta Grossa dando o prazo de 30 dias para que sejam feitas adequações no Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira, sob o risco de interdição. Segundo o CRM, o órgão não tem autoridade para interditar o local, mas pode orientar os médicos a não realizarem atendimento naquelas condições.
Médicos do hospital denunciaram ao CRM que não têm as mínimas condições de trabalho. Entre os problemas relatados estão falta de ar comprimido, demora para a realização de exames simples, poucos profissionais e equipamentos quebrados ou em número insuficiente.
De acordo com o secretário de Saúde de Ponta Grossa, Alberto Olavo de Carvalho, as adequações necessárias, constatadas durante visita do CRM ao hospital no início do mês, já teriam sido feitas. Seriam necessárias ainda, segundo Carvalho, reformas no laboratório de análises clínicas, na sala de raio X, na cozinha e a aquisição de uma ambulância.
A presidência do conselho confirma o recebimento do ofício pela prefeitura de Ponta Grossa. Segundo a assessoria do CRM, o documento seria entregue em mãos já que a greve dos Correios poderia atrasar o trâmite.
Em carta enviada ao CRM, a Comissão Permanente de Saúde da Assembléia Legislativa, formada por sete deputados, declarou que, mesmo sabendo que o Hospital da Criança não tem condições de realizar um bom atendimento, a interdição acarretaria em mais transtornos à população. "Milhares de crianças que são assistidas, mesmo que de forma precária, todos os dias, ficariam sem atendimento, agravando-se ainda mais o estado caótico em que se encontra a saúde pública na região dos Campos Gerais", diz a nota.
O vice-presidente da comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), diz que não só os setores apresentados pela Secretaria Municipal são os prejudicados e aponta a falta de equipamentos como monitores cardíacos, UTIs, camas e equipamentos cirúrgicos. "O hospital virou um ambulatório com cama, soro e boa vontade dos médicos, nada mais."
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