O menino de 6 anos Wesley Henrique da Silva morreu na madrugada desta quinta-feira no Hospital Universitário de Londrina (HU), no Norte do Paraná, onde estava internado há cinco dias em decorrência de uma infecção generalizada. Família e médicos do HU estão divergindo sobre a causa da morte.
A família, que mora na cidade de Sertaneja, próximo de Cornélio Procópio, alega que a criança começou a passar mal depois de ser agredido por um colega de escola no dia 31, quando reclamou que sentia dores no peito e nas pernas. Além disso, diz que a negligência do atendimento médico em Sertaneja, foi determinante para a morte da criança.
O delegado adjunto da 11ª Subdivisão Policial de Cornélio Procópio, Cássio Denis Wzorek, que investiga o caso, disse que determinou a realização da necropsia no corpo da vítima para saber qual foi a causa da morte do menino. Wzorek confirmou que a briga realmente aconteceu, mas garantiu que a vítima não tinha nenhuma lesão externa.
Segundo ele, de acordo com os médicos do HU, não há nenhuma relação na morte do menino com as agressões físicas sofridas. O delegado acha que ainda é cedo para falar em negligência. O resultado do exame deve ser divulgado em 30 dias. Além da investigação da Polícia Civil, o Conselho Tutelar de Sertaneja acompanha o caso, mas no órgão ninguém quis comentar o assunto.
A briga
A mãe de Wesley, Alzira da Silva, conta que o filho foi agredido por um outro garoto no pátio da Escola Municipal Antônio Stellato, em Sertaneja. Depois da briga, ela levou o menino ao Hospital Municipal de Saúde, mas a médica que atendeu a criança não constatou nenhum problema. "Disseram que meu filho estava com manha", relata. Porém, no dia seguinte, Wesley começou a piorar. Ele foi levado à Santa Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio e de lá o garoto foi transferido para o HU de Londrina, aonde já chegou em estado grave e teve que ir direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A secretária de Educação de Sertaneja, Dinora Pinheiro, negou nesta quinta-feira que o desentendimento entre os alunos tivesse acontecido dentro da escola, versão defendida pela mãe do garoto. A secretária reconheceu que a diretora da escola, Joana Nepumuceno Inácio é mesmo tia do garoto que agrediu Wesley. Joana foi procurada pela reportagem mas na escola nenhum dos funcionários quis fornecer seu telefone ou endereço.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião