Salários defasados, falta de equipamentos básicos para trabalhar e carga horária excessiva. Essas são as principais reclamações dos médicos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Ponta Grossa. Como forma de protesto, eles suspenderam parte dos atendimentos por uma hora na terça-feira e por duas horas ontem. Hoje, a previsão é fazer um protesto de três horas entre o meio-dia e as 15 h.

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Só na semana passada, seis profissionais pediram demissão alegando descontentamento. Com isso, o serviço que contava com 22 médicos passou a ter apenas 16. Atualmente, por contrato com o município, eles têm de cumprir uma carga de 84 horas mensais. O salário base é de R$ 1,8 mil: com as gratificações e adicionais, o valor fica em R$ 5 mil.

Segundo os médicos do Samu, porém, esse é quase o mesmo salário pago aos profissionais que trabalham 60 horas mensais em unidades básicas de saúde do município, com jornada diária de três horas. O secretário de Saúde do município, Edson Alves, afirma que foi encaminhado um projeto de lei à Câmara de Vereadores solicitando a redução das atuais 84 para 72 horas mensais de trabalho. O projeto pode ser votado ainda nesta semana.

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