Dezoito municípios do Paraná receberão os médicos estrangeiros que chegaram ao estado no fim de semana pelo programa Mais Médicos. São ao todo 76 profissionais com diplomas de outros países que devem começar a trabalhar no dia 4 de novembro, após uma semana de treinamento. As cidades que terão o maior número de médicos estrangeiros desta segunda rodada de contratação são Curitiba e Foz do Iguaçu, com 13 profissionais cada.

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Ao todo, contando as duas rodadas de contratações, o Paraná já recebeu 192 médicos – o número de pessoas efetivamente trabalhando nas cidades pode ser menor com as desistências que vêm sendo registradas ao longo das últimas semanas. Os profissionais que chegaram no fim de semana foram trazidos por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) no sábado e no domingo. Entre eles, estão os primeiros cubanos – são 59 --, além de cinco brasileiros, e outros da Argentina, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Peru, Espanha e Índia.

Antes de desembarcar na capital paranaense, os médicos passaram por três semanas de treinamento em Brasília. O pediatra argentino Ricardo Helmselt, que tem 30 anos de profissão, diz que o período foi uma experiência muito rica. "Ao longo destas três semanas, foi possível conhecer as características do país. Estou animado e espero ser bem recebido pelos brasileiros e pelos meus pacientes em particular", declarou o médico, que vai clinicar em Foz do Iguaçu.

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ChegadaNo sábado, a recepção aos médicos no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, teve direito à participação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o que mostra o empenho do governo federal para que o programa ganhe visibilidade e apoio.

O Mais Médicos foi lançado na esteira dos protestos de junho deste ano e recebeu uma forte oposição de entidades médicas – os conselhos de medicina negaram vários pedidos de registro, problema que só foi sanado após a aprovação da medida provisória que regulamenta o programa e transfere essa responsabilidade ao Ministério da Saúde.

No total, já foram contratados 3.666 médicos pelo programa, sendo 2.847 com diplomas estrangeiros, na maior parte cubanos. O governo brasileiro paga uma bolsa de R$ 10 mil por mês, embora no caso de Cuba o pagamento seja feito ao governo do país caribenho.Em todas as cidades, os profissionais atuarão no atendimento básico.

O secretário municipal de saúde de Curitiba, Adriano Massuda, afirmou que os 13 médicos direcionados à cidade devem clinicar em bairros da regional Bairro Novo, como Sítio Cercado e CIC. As unidades de saúde na qual eles estiverem lotados devem ter o horário de atendimento estendido das 19 horas para as 22 horas.

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