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Saúde

Médicos estrangeiros vão a 18 cidades do PR

Recepção aos médicos no sábado foi feita pela ministra Gleisi Hoffmann | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Recepção aos médicos no sábado foi feita pela ministra Gleisi Hoffmann (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Dezoito municípios do Pa­raná receberão os médicos estrangeiros que chegaram ao estado no fim de semana pelo programa Mais Médicos. São ao todo 76 profissionais com diplomas de outros países. Eles devem começar a trabalhar no dia 4 de novembro, após uma semana de treinamento. As cidades que terão o maior número de médicos estrangeiros desta segunda rodada de contratação são Curitiba e Foz do Iguaçu, com 13 profissionais cada.

Ao todo, contando as duas rodadas de contratações, o Paraná já recebeu 192 médicos – o número de pessoas efetivamente trabalhando nas cidades pode ser menor: desistências foram registradas ao longo das últimas semanas. Os profissionais que chegaram no fim de semana foram trazidos por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) no sábado e no domingo. Entre eles, estão os primeiros cubanos – são 59 –, além de cinco brasileiros, e outros da Argentina, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Peru, Espanha e Índia.

Antes de desembarcar na capital paranaense, os médicos passaram por três semanas de treinamento em Brasília. O pediatra argentino Ricardo Helmselt, que tem 30 anos de profissão, diz que o período foi uma experiência muito rica. "Ao longo destas três semanas, foi possível conhecer as características do país. Estou animado e espero ser bem recebido pelos brasileiros e pelos meus pacientes em particular", declarou o médico, que vai clinicar em Foz do Iguaçu.

Chegada

No sábado, a recepção aos médicos no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, teve direito à participação da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que não perdeu a oportunidade de elogiar a ida de médicos para áreas carentes do estado.

O Mais Médicos foi lançado na esteira dos protestos de junho deste ano e recebeu uma forte oposição de entidades médicas – os conselhos de medicina negaram vários pedidos de registro, problema que só foi sanado após a aprovação da medida provisória que regulamenta o programa e transfere essa responsabilidade ao Ministério da Saúde. No total, já foram contratados 3.666 médicos pelo programa, sendo 2.847 com diplomas estrangeiros, na maior parte cubanos. O governo brasileiro paga uma bolsa de R$ 10 mil por mês, embora no caso de Cuba o pagamento seja feito ao governo do país caribenho.

Em todas as cidades, os profissionais atuarão no atendimento básico. O secretário municipal de saúde de Curitiba, Adriano Massuda, afirmou que os 13 médicos direcionados à cidade devem clinicar em bairros da regional Bairro Novo, como Sítio Cercado e CIC. As unidades de saúde na qual estiverem lotados devem ter o horário de atendimento estendido das 19 horas para as 22 horas.

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