Os médicos do Paraná prometem paralisações e protestos nas redes de saúde pública e privada entre hoje e amanhã em pelo menos 13 cidades do estado. Em Curitiba, um ato público está marcado para a manhã e uma panfletagem deve ser feita à tarde. Os organizadores das ações dizem que o atendimento de urgências e emergências não será afetado, mas que consultas e procedimentos eletivos deverão ser transferidos.
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) é uma das entidades que organizam o protesto. Conforme a assessoria da entidade, a ação é parte da mobilização nacional dos médicos, que na última quarta-feira afetou hospitais em 13 estados. Em Curitiba, atendimentos eletivos foram transferidos e causaram transtornos aos pacientes de hospitais públicos.
O manifesto é organizado em conjunto pela Associação Médica do Paraná (AMP), o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar) e o Conselho Regional de Medicina (CRM). No último dia 23, a Secretaria Municipal de Saúde e os hospitais Cajuru, Evangélico e Hospital de Clínicas relataram que parte dos procedimentos agendados fori adiado.
Os protestos se dirigem, principalmente, contra três posicionamentos recentes do governo federal: os vetos da presidente Dilma a alguns pontos do chamado Ato Médico; à medida provisória que aumenta para oito anos o tempo do curso superior de medicina; e à não exigência de que médicos estrangeiros passem pelo exame de revalidação do diploma, o Revalida.
Movimento nacional
Os atos de protesto devem ocorrer em pelo menos 20 estados. Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), devem parar: Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Também há previsão de protestos em: Bahia, Maranhão, Pará e Piauí. Não há informações sobre Alagoas, Amapá e Roraima.
No dia 8 de agosto, está programada uma marcha a Brasília, quando haverá audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional. Após 10 de agosto, poderá ocorrer uma greve por tempo indeterminado, no caso de os médicos entenderem que não há avanços no movimento.