A próxima quarta-feira (3) vai ser marcada por manifestações de médicos nas capitais de todos os estados do país. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), as principais reclamações da categoria são o baixo investimento do governo brasileiro na saúde pública, o anúncio da contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação de diplomas e falta de estrutura da saúde pública. Em três estados a categoria vai paralisar o atendimento ambulatorial no serviço público.
Em Sergipe, Mato Grosso e no Acre as consultas vão ser canceladas, mas os serviços de urgência e emergência funcionarão normalmente. O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal também convoca os profissionais a paralisarem suas atividades na quarta-feira.
No Paraná, o protesto terá concentração a partir das 10h na Boca Maldita, em Curitiba. De lá, o grupo seguirá em caminhada pela Rua das Flores até a Praça Santos Andrade (em frente ao prédio da Universidade Federal do Paraná).
Semana passada, médicos de Brasília e do Rio de Janeiro fizeram manifestações pela melhoria da saúde pública e contra a vinda de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma.
A categoria alega que o principal problema da saúde pública no Brasil é o baixo investimento estatal e não a falta de profissionais. Os médicos vêm defendendo que o país precisa não só de uma reestruturação de hospitais e postos de saúde como também de uma carreira médica, nos moldes da dos juízes, em que os médicos tenham dedicação exclusiva e comecem a trabalhar em locais de difícil provimento e, conforme progridam na carreira, atuem em postos em cidades maiores.
O Ministério da Saúde divulgou no último dia 25 que criará 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde até 2015. De acordo com a pasta, serão contratados médicos que se formaram no exterior para ocuparem os postos que não foram preenchidos por médicos com diplomas brasileiros. O plano do governo é criar programas de autorização especial para que os profissionais que se formaram fora do país só possam atuar na atenção básica, nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.Mais protestos
Nesta terça-feira (2), em Curitiba, ocorre o VI ato pela redução da tarifa de ônibus. A programação começa com a concentração na Boca Maldita, no Centro, às 18 horas. Até ao meio-dia desta segunda, 2.122 tinham confirmado presença pelo Facebook.
No sábado (6), em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, está previsto um protesto chamado III ato em apoio ao movimento nacional. A concentração deve acontecer as 15 horas, na Rua XV de Novembro, em frente ao antigo terminal central. Até o meio dia de segunda (1º), 376 confirmaram presença pela rede social.
Já no dia 10 de julho, está marcado para as 18 horas, na Praça Santos Andrade, na capital, uma manifestação contra a atuação do deputado Marco Feliciano (PSC) à frente da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores. A saída está prevista para as 19 horas e o trajeto ainda está indefinido. Até o meio-dia de segunda (1º), 2.937 confirmaram a presença no evento pelo Facebook.
Em 11 de julho, está programado um evento nacional convocado oficialmente pela CUT - o chamado "Dia de Luta". A intenção dos trabalhadores é promover uma paralisação para chamar a atenção do governo federal para a pauta trabalhista apresentada pela classe na última terça-feira (25). São basicamente seis pontos que vão ser reforçados: maior investimento em saúde e educação; aumento de salários; redução de jornadas de trabalho; apoio à reforma agrária; fim do fator previdenciário e transporte público de qualidade.
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