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Planos devem R$ 384 mi ao SUS

Brasília – As operadoras de planos de saúde privados acumulam com uma dívida de R$ 384 milhões com o Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2001 até este ano. O valor corresponde ao custo dos atendimentos a pacientes que têm planos, mas recorreram à rede pública. Pela lei, esses gastos, se cobertos pelo plano, devem ser devolvidos à rede pública pelas operadoras mas elas resistem ao pagamento.

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), até hoje o governo obteve o ressarcimento de R$ 89,9 milhões (desconsideradas multas e juros). Corresponde a 19% do débito contabilizado.

O vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Sérgio Vieira, afirma que a dívida inclui cobranças indevidas. "São muitos os casos em que o paciente buscou o SUS porque o seu plano não previa a cobertura daquele atendimento", diz.

Para Vieira, as operadoras dos planos não podem ser tratadas como vilãs na discussão.

São Paulo – Os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o país iniciaram uma mobilização que pode culminar em paralisação nacional na próxima semana. Na quarta-feira, a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) realizam o "Dia do Protesto", uma mobilização em defesa do SUS. A ação seguirá um calendário de atividades durante toda a semana.

No dia de mobilização, serão realizadas uma série de atividades que, segundo os organizadores, servirão para mostrar a rotina dos médicos brasileiros e chamar a atenção de autoridades e da sociedade para as condições de trabalho nas unidades públicas de saúde. Os problemas do SUS foram debatidos durante toda a semana durante a 13.° Conferência Nacional de Saúde.

Segundo o coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Geraldo Guedes, e um dos organizadores da mobilização, os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos caso ocorra uma greve na rede pública de sáude. "A mobilização não vai ferir o código de ética, que prima pelo atendimento integral em casos de urgência e emergência", explica.

As principais críticas do movimento são à falta de infra-estrutura no SUS e aos baixos salários, que obrigam os profissionais a acumular dois ou mais empregos e diminuem a qualidade do atendimento aos pacientes.

Uma das reivindicações da campanha é o estabelecimento do piso salarial de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho, além de adoção de um plano de cargos e salários. Hoje, de acordo com Guedes, há locais no Nordeste em que os salários dos médicos não passam de R$ 600 mensais.

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