Os médicos residentes do Hospital das Clínicas de Curitiba (HC), que estão em greve desde a semana passada, discutem na quarta-feira (29) se voltam ao trabalho. Dos 235 residentes no maior hospital do Paraná, cerca de 60 estão parados. Apenas os atendimentos emergenciais não foram afetados.
A reivindicação de reajuste salarial na bolsa auxílio em 30%, passando dos atuais R$ 1.474,00 para R$ 1.916,45, foi aprovada pela Câmara na semana passada. O projeto deve ainda seguir para votação no Senado.
Agora, a Associação dos Médicos Residentes do HC espera a definição da pauta local para decidir sobre o fim da greve. A regularização da carga horária, hoje entre 40 e 60 horas, é um dos principais pontos reivindicados. Segundo o médico Jan Pawel Andrade Pachnicki, presidente da Associação dos Médicos Residentes, a maioria dos funcionários "extrapola" o horário.
Outros hospitais
Os médicos residentes do Hospital Evangélico (HE) de Curitiba vão promover uma assembléia na noite de terça-feira (28) para votar pela adesão dos funcionários à greve nacional da categoria. De acordo com Pachnicki, a maioria dos 138 médicos residentes da instituição deve parar. (Leia reportagem completa)
No país a mobilização já dura 20 dias, mas o Paraná só aderiu ao movimento na semana passada, quando os médicos do Hospital das Clínicas de Curitiba e do Hospital Universitário de Londrina "abraçaram" a luta por melhores salários.