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Médicos serão substituídos em Centro de Urgências

O atraso no pagamento de benefícios aos médicos que atuam no Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) do Sítio Cercado, em Curitiba, teria provocado falta de profissionais na unidade e lentidão no atendimento na última terça-feira. Os médicos da unidade são contratados pelo Hos­pital Evangélico, que tem enfrentado dificuldades financeiras e atrasado alguns pagamentos. Os problemas forçaram a Secretaria Mu­­nicipal da Saúde a adiantar o processo de transição de um sistema terceirizado para outro a cargo da administração pública indireta e a contratar novos profissionais.

Os médicos terceirizados na unidade serão substituídos pelos que passaram por processo seletivo da Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (Feaes), que deve assumir todos os CMUMs até o fim de abril. Os aprovados farão o teste admissional na próxima segunda-feira e a Secretaria espera que na próxima quarta-feira eles já estejam trabalhando junto com os médicos do Evangélico. Depois do processo de transição, o convênio com a instituição será finalizado. A Secretaria não informou quantos profissionais serão substituídos.

A transição, programada para abril, foi adiantada devido a re­­­clamações feitas por usuários do sistema de saúde. Na noite da última terça-feira, apenas um médico estaria atendendo no centro do Sítio Cercado. Diversos pacientes de casos menos graves tiveram que ser transferidos para outras unidades de urgência. A Secretaria, no entanto, in­­formou que havia cinco médicos trabalhando na terça até a meia noite e, no turno seguinte, quatro profissionais compareceram.

Fragilidades

Segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Chomatas, há uma fragilidade na relação entre os médicos e a instituição empregadora. "O Evangélico vem passando por uma situação difícil e de várias mudanças administrativas, o que dificulta a manutenção dos profissionais", afirmou. O Hospital Evan­­­gélico e sua mantenedora, a Sociedade Evan­­gélica Beneficente (SEB) de Curitiba, têm uma dívida calculada em cerca de R$ 300 milhões.

No entanto, a assessoria de imprensa do hospital informou que os salários de fevereiro foram pagos em 8 e 9 de março. O vale-refeição do mês passado também foi quitado, porém, o de março ainda não foi pago. Em relação à demora no repasse de honorários médicos, o hospital informa que, quando a situação ocorre, ela se deve aos atrasos no repasse do convênio por parte da Secretaria Municipal de Saúde.

Na Justiça

O Sindicato dos Médicos do Paraná informou que entrou com ação na Justiça do trabalho, na sema­­­na passada, contra o Hospital Evan­gélico e a SEB, para conseguir o pagamento de benefícios e dos salários atrasados. Mesmo com o pagamento dos salários, uma audiência entre as partes deve ser marcada para tratar das outras pendências.

O Fundo de Garantia por Tem­po de Serviço (FGTS) dos médicos dos CMUMs Sítio Cer­cado e Campo Comprido – contratados pelo hospital – não é depositado há pelo menos um ano, de acordo com a assessoria de imprensa do sindicato. A assessoria do hospital não confirmou a informação.

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