A remoção de veículos estacionados em local proibido com o auxílio de guincho é uma medida adotada pela Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) e que não é considerada arbitrária nem absurda por dois especialistas consultados pela Gazeta do Povo. Para eles, trata-se de uma necessidade que deve contribuir para melhorar o fluxo e aumentar a educação no trânsito. "Independentemente da complexidade do trânsito, a missão número um do órgão responsável é fazer com que ele funcione bem e com segurança. A sociedade dá uma pré-autorização para que seja feito o que for necessário, inclusive guinchar", afirma o especialista em trânsito Celso Alves Mariano, consultor do Portal do Trânsito.
Um dos resultados já perceptíveis dessa educação no trânsito é a redução de 20% a 30% no número de veículos estacionados em locais proibidos na região central de Curitiba. "A presença do guincho nas ruas já tem se configurado como um processo de prevenção", afirma Adão José Lara Vieira, gestor da Área de Fiscalização de Trânsito da Diretran.
Prevista no Código de Trânsito Brasileiro, a medida administrativa pode ser tomada para solucionar o problema causado ao fluxo de veículos. "Não adianta ficar o dia todo multando. O prejuízo está no fluxo. A penalidade é aplicada, mas como medida saneadora do problema é necessária a remoção", avalia o advogado Marcelo Araújo, professor de Direito de Trânsito da Unicuritiba. "A penalidade é a consequência de uma infração. É certo e claro que se estiver em situação irregular terá de ser punido", completa.
Mariano ainda acredita que as melhorias ao trânsito curitibano virão na medida em que as pessoas entendam por que os veículos estão sendo rebocados, como parte de um processo de educação e cidadania no trânsito. "Se eu descumpri a lei, devo sofrer uma punição. Deveríamos ter um pouco mais de compreensão", afirma o consultor. Ele defende que as pessoas questionem formalmente as medidas adotadas pela Diretran e exijam respostas. "É importante que as pessoas estejam estimuladas a questionar. A medida é tomada para que o trânsito esteja funcional para todos", conclui.
De acordo com os especialistas, a ação recém-adotada em Curitiba já está presente em várias cidades brasileiras, como Itajaí (SC), Balneário Camboriú (SC), Jundiaí (SP), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). "É certo. Curitiba já está um caos no trânsito. O trânsito não tem mais fluidez. Acham que podem parar e desrespeitam as leis", considera o cineasta Giovanni Bartholdy. "Se está na placa, a regra está para ser obedecida. Mas [os agentes] deveriam chegar antes para orientar. Para fazer uma prevenção, tem de avisar", opina o engenheiro Naim Fouani. (JO)
Serviço:
Veículos e caçambas guinchados devem ser retirados do pátio da Auto Socorro RemovCar (Avenida Senador Salgado Filho, 6.068, no Uberaba) mediante o pagamento do reboque, das diárias no pátio e de débitos existentes. O pagamento pode ser feito em agências bancárias, caixas eletrônicos ou casas lotéricas.
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