617 menores com idade de 7 anos estão aptos para serem adotadas atualmente no país, mas somente 2% dos pretendentes brasileiros estão dispostos a constituir uma família com crianças dessa idade. Para crianças de 8 anos (305 disponíveis), a chance é ainda menor: somente 1% dos pretendentes estaria disposto a adotá-las.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem uma proposta de alteração de resolução que permite a inclusão de brasileiros ou estrangeiros no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A medida pode aumentar o número de adoções de crianças mais velhas e de grupos de irmãos e começa a valer a partir da publicação no Diário Oficial, o que deve ocorrer nos próximos dias. De acordo com o CNJ, o número de pretendentes cadastrados interessados em adotar crianças acima de 6 anos de idade, por exemplo, é de 4%. Esse porcentual vai sendo reduzido com o aumento da idade da criança. A medida aumentando a visibilidade dos pretendentes que moram no exterior no procedimento de adoção internacional. "A adoção internacional é uma opção valiosa de recolocação familiar. Abre-se uma possibilidade interessante, segura e dentro da lei para evitar que as crianças se perpetuem nos abrigos. A verdade é que, hoje, boa parte desses jovens completa 18 anos sem ter vivido essa experiência fundamental", diz o conselheiro Guilherme Calmon. Com a mudança, magistrados da infância e juventude de todos os municípios do país terão acesso aos dados de estrangeiros habilitados em todos os tribunais de Justiça.
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